No Blog de Josias O governo se mexe para acomodar em mãos “confiáveis” a relatoria dos projetos que compõem o pacote petroleiro do pré-sal.
Os relatores devem ser pinçados das bancadas do PMDB e do PT, sócios majoritários do consórcio que dá suporte a Lula no Legislativo.
Entre os nomes cogitados estão o de Arlindo Chinaglia (PT-SP), ex-presidente da Câmara, e Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB.
Cabe ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), nomear os relatores.
O blog ouviu o deputado.
Eis o que disse Temer: “Mesmo que eu distribua as relatorias por todos os partidos, o PMDB e o PT, como tem as maiores bancadas, certamente vão reivindicar essas relatorias do pré-sal”.
Os projetos de lei peroleiros –quatro ao todo— chegam à Câmara com o selo da urgência constitucional.
Significa dizer que os congressistas terão 90 dias para se debruçar sobre as propostas –45 dias na Câmara e igual período no Senado.
Na noite passada, o governo chegara a informar que desistiria da urgência.
Na manhã desta segunda (31), porém, recuou do recuo.
A oposição incomoda-se com a pressa. “Não tem sentido”, diz Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara. “Queremos analisar os projetos sob o ângulo do interesse do país, não de olho na marquetagem eleitoral, como quer o governo”, Caiado acrescenta. “Há um cuidado do governo em apressar-se”, ecoa Álvaro Dias PR), vice-líder do PSDB no Senado.
O senador também vê motivação eleitoral na pressa. “O horizonte temporal do mandato de Lula está logo ali adiante.
Antes, há uma eleição presidencial…” “…O governo não quer perder essa oportunidade de obter dividendos de natureza eleitoral.
Por isso armou seu palanque”.
Tucanos e ‘demos’ tentarão derrubar no Congresso o regime de urgência imposto por Lula.
De saída, pretendem requerer a realização de audiências públicas.