No Itamaraty, existe uma regra tácita.
Não fale é a primeira delas.
Se falar, não escreva.
Se escrever, não assine.
Aqui no Estado, a prefeitura de Igarassu consegue ser omissa de uma forma inovadora.
Como se sabe, ainda em julho, os vereadores decidiram impedir o recebimento do lixo do Recife. É um direito deles.
A bola estava com o prefeito, que podia vetar ou não.
Nada fez e a matéria virou lei, por decurso de prazo.
O blog pediu que a prefeitura explicasse sua ação (ou seria inação) e recebeu a nota oficial abaixo, que mais confunde do que explica.
Aterro de Igarassu não agride meio ambiente A Prefeitura de Igarassu recebeu da Agencia Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) o parecer oficial da regularidade do Centro de Tratamento de Resíduos de Pernambuco (CTR-PE), que funciona na cidade.
De acordo com o procurador-geral, Aldo Queiroz, a documentação comprova que o aterro sanitário não agride o meio ambiente. “Havia um questionamento da sociedade em relação aos impactos que o CTR-PE poderia causar.
Agora, estamos seguros que as águas do Rio Arataca não estão sendo poluídas”.
O CTR-PE é um aterro privado, com capacidade para receber 3 mil toneladas de resíduos sólidos por dia.
Atualmente, o local acolhe 1.340 toneladas diárias de lixo, do Recife e Igarassu.
Sim, e não vetou o projeto da câmara porquê?
Ninguém sabe.