Do JC A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem o regulamento que permite a utilização da rede de energia elétrica para a transmissão de internet banda larga.
Com o sistema, conhecido como PLC (do inglês, Power Line Communications), as tomadas residenciais passam a ser pontos de rede, quando conectadas a um modem.
A Aneel estabeleceu que o uso dessa tecnologia não poderá comprometer a qualidade do fornecimento de energia elétrica para os consumidores e, se houver necessidade de investimento na rede, o custo será de responsabilidade da empresa de telecomunicações.
As redes também poderão ser utilizadas para levar televisão por assinatura aos consumidores.
Segundo o regulamento aprovado ontem, as concessionárias de energia deverão criar uma empresa subsidiária para ofertar o serviço.
A agência também prevê que as receitas obtidas pelas concessionárias de energia com o aluguel dos fios para as empresas de internet serão revertidas para a redução de tarifas de eletricidade.
A Aneel garante que o emprego da tecnologia vai permitir novos usos para as redes de distribuição de energia elétrica, sem que haja necessidade de expansão ou adequação da infraestrutura já existente.
Segundo a agência, a economia deve representar uma redução de custos para os consumidores.
O acesso à internet banda larga por meio da rede elétrica já tinha sido aprovado pelo conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e foi submetido à consulta pública pela Aneel por 90 dias.
A Anatel ressalta que a conta de energia continuará separada porque se trata da mesma estrutura, mas usada para fins diferentes.
Como o sistema está em teste, ainda não existe produto para ser ofertado e, consequentemente, não foi definido preço.