Uma mobilização empresarial com industriais de todo o país tomou conta do Congresso Nacional na manhã desta terça-feira, 25 de agosto, em Brasília.
Representantes de variados setores vieram à Câmara dos Deputados acompanhar de perto o debate público sobre da tramitação da Proposta deEmenda à Constituição (PEC) 231/95 que prevê a redução da jornada de trabalho, sem o ajuste nos salários, e o aumento do adicional da horaextra sobre as empresas.
O debate público é promovido pela Comissão Geral da Câmara e ocorrerá no Plenário da Câmara dos Deputados.
De acordo com o empresário mineiro, Marcio Mourão, durante o debate o setor empresarial precisa deixar claro os impactos da aprovação da PEC 231/95, entre eles a redução dos postos de trabalho e da competitividade das indústrias. “As experiências de outros países mostram que esse não é o caminho.
Os custos de produção aumentam e assim, consequentemente, há redução de empregos”, diz Mourão. É o que temem os empresários das indústrias gráficas do Rio Grande do Sul. “Com a redução da jornada de trabalho a mão de obra ficará mais cara e a competição do mercado externo resultará em investimentos em automação.
Com isso, haverá redução de empregos”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas de Caxias do Sul, Adair Niquetti.
Em tramitação no Congresso Nacional, a PEC 231/95 estabelece a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem a diminuição dos salários, e aumenta o adicional da hora extra de 50% para 75% do valor da hora normal trabalhada.
O debate desta terça-feira é mais uma etapa da tramitação da PEC 231/95 no Congresso Nacional.
Ela foi aprovada na Comissão Especial da Câmara em 30 de junho deste ano, mas ainda precisa ser votada em dois turnos pelos plenários da Câmara e do Senado.