O mutirão carcerário realizado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) continua.

Até a sexta-feira (21), 89 presos provisórios receberam o alvará de soltura e foram para casa aguardar o julgamento em liberdade.

A ação está acontecendo desde o dia 12 de agosto na Colônia Penal Feminina, no Engenho do Meio, e na Penitenciária Plácido de Souza, em Caruaru.

Também participam da iniciativa o Conselho Nacional de Justiça, o Ministério Público de Pernambuco e a Defensoria Pública do Estado.

Ao todo, foram cumpridos no Recife 43 alvarás, sendo concedida a soltura para 16 homens e 27 mulheres.

Na capital pernambucana, os trabalhos estão concentrados na Colônia Feminina, mas com há processos que também envolvem homens, os casos são analisados em conjunto.

Em Caruaru, o número é de 46 alvarás expedidos até sexta (21).

Na terça-feira (18), a iniciativa já havia garantido a liberdade de 11 presos provisórios do Estado.

Entre os beneficiados, estavam seis detentas do presídio feminino do Recife e cinco do Plácido de Souza. “Nos últimos três dias, os trabalhos foram mais voltadas para despachos de processos.

Na segunda-feira (24), a previsão é chegar ao número de cem alvarás expedidos”, disse o coordenador do mutirão, juiz Humberto Inojosa.

Sobre o diagnóstico da situação carcerária do Estado, objetivo central do mutirão, o magistrado afirma que ainda é cedo para traçar esse perfil. “Alguns pontos importantes nós já detectamos que, ao final do trabalho, servirão de referência para melhoria do serviço.

Principalmente para corrigir as falhas para as pessoas presas injustamente que ainda não tiveram seu caso julgado”, explicou o magistrado.

O perfil desses presos provisórios pouco varia.

A maioria é composta por pessoas pobres, sem escolaridade e profissão.

Normalmente enfrentam problemas familiares.

O mutirão continua concentrado na Colônia Penal Feminina e na Penitenciária Plácido de Souza até que número de atos retidos seja zerado.

A análise de todos os 12.992 processos de presos provisórios das 17 unidades carcerárias pernambucana está prevista para terminar em 90 dias, prazo que pode ser prorrogado.

Também estão participando do mutirão o Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado.