Da Agência Estado Um site na internet está intimando os americanos a boicotarem a compra de uísque e o turismo na Escócia por conta da decisão de libertar e mandar Ali Mohmed al Megrahi, responsável por um ataque à bomba em um avião que matou 270 pessoas em Lockerbie, de volta à Líbia, informou nesta segunda-feira, 25, a agência de notícias CNN.
O site Boycottscotland.com pede aos americanos que parem de comprar a bebida e de praticar turismo na região, duas atividades fundamentais para a economia da Escócia. “As ações do governo escocês são imperdoáveis.
Um homem que é responsável pelo assassinato em massa de 270 civis inocentes deve ser mantido preso permanentemente por um ato tão cruel”, diz um comunicado na página. “A menos que o governo escocês volte atrás com sua decisão de soltar Megrahi, e se o Parlamento britânico continuar fugindo da questão, convocaremos todos os americanos a protestar essa ação ao boicotar o Reino Unido e a Escócia integralmente”, completa a nota.
O governo escocês enfrentou uma grande onda de críticas, principalmente dos EUA, após o ministro da Justiça Kenny MacAskill decidiu enviar Megrahi de volta à Líbia por “motivos de compaixão”, alegando que o prisioneiro sofria de um câncer terminal e teria apenas mais três meses de vida.
Megrahi, de 57 anos, foi condenado à prisão perpétua em janeiro de 2001 por ter participado do ataque a bomba contra o voo 103 da Pan American World Airways, que explodiu quando sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie em 1988, matando 270 pessoas - 189 delas americanas.
O ministro da Justiça defendeu nesta segunda-feira sua decisão de soltar Abdel Baset al-Megrahi.
MacAskill disse, porém, que a Líbia havia prometido uma recepção discreta a al-Megrahi, e não a acolhida digna um herói recebida.
MacAskill disse que a recepção calorosa no aeroporto líbio quebrou um acordo com autoridades daquele país.
O Parlamento escocês foi convocado, nesta segunda-feira, para uma reunião de emergência sobre a libertação de al-Megrahi.
A libertação provocou críticas dos Estados Unidos e também internas, no governo nacionalista escocês.