Da Folha Online Nos 30 anos da edição da primeira Lei da Anistia (Lei 6.683/ 79) do regime militar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou à Folha Online que “a anistia não foi um ato de benevolência ou grandeza do regime militar”, mas um “verdadeiro clamor nacional”.
Líder sindicalista perseguido pela ditadura militar, o presidente Lula sustentou que a lei foi importante para “pavimentar o caminho da redemocratização” do país. “A anistia não foi um ato de benevolência ou grandeza do regime militar, só foi possível pela mobilização crescente da sociedade brasileira”, afirmou.
O presidente lembrou que a lei era defendida por estudantes, familiares de perseguidos, jornalistas e pelo movimento sindical, que faziam greves. “Quer dizer, havia um verdadeiro clamor nacional.
Com a anistia, pudemos reincorporar centenas de brasileiros à vida política e pavimentar o caminho da redemocratização, num processo que culminou com uma Constituição que tem garantido avanços extraordinários ao Brasil.” Lula recebeu anistia em 1994.
Assim como diversos integrantes de seu governo, o presidente chegou a ser preso pelo regime militar.
Destituído pelos militares da presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, em 1980, Lula estava entre os mais de 100 mil trabalhadores que aderiram ao que foi considerado pela imprensa na época a maior paralisação operária do sindicalismo brasileiro.
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