(Foto: Antonio Cruz/ABr) Deu na Folha de S.Paulo O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 78, afirmou ontem que existir um “mundo sem drogas” é tão difícil quanto um “mundo sem sexo”.

Presente à reunião de criação da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, no Rio, ele voltou a defender a descriminação do uso da maconha, a adoção de política de redução de danos e o atendimento a usuário de drogas na rede pública de saúde. “Imaginar um mundo sem drogas é um objetivo difícil de alcançar.

A humanidade sempre usou algum tipo de droga.

Então, é como imaginar um mundo sem sexo.

Nem o [ex-presidente norte-americano George W.] Bush.” FHC defendeu campanhas para desestimular o uso de drogas e sugeriu como modelo o bem avaliado programa de combate à Aids do Brasil. “Nossa luta foi, em vez de sem sexo, com sexo seguro.

Mudou o paradigma.

Foi-se para a TV ensinar como se usava camisinha em um país católico. […] Na época, nos EUA a ideia era não sexo.

Aqui era sexo seguro”, disse, lembrando que o programa também adotou a distribuição de seringas como forma de redução de risco para usuários de drogas.

O grupo criado ontem tem como inspiração a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, presidida por FHC e outros dois ex-presidentes: César Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México).

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