(Foto: J.
Freitas / Agência Senado) Em discurso na tribuna do Senado na manhã desta sexta-feira, o senador Aloizio Mercadante anunciou a permanência na liderança do PT na Casa.
A justificativa foi o pedido do presidente Lula. “Eu não tenho como dizer ’não’ ao presidente”, afirmou, logo após ler carta escrita por Lula (leia a íntegra) que pede para que ele continue na liderança.
Nessa quinta-feira à tarde, Mercadante escrevia no Twitter (confira) que iria “apresentar a renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável”. À noite, no entanto, conversou com o presidente que o convenceu do contrário. “Todos os senadores disseram: ‘Mercadante, não é esse o caminho.
Você tem que continuar, tem que ficar’.
Pediram que eu ficasse, especialmente neste momento difícil para a própria bancada.
Porque a Marina não é um quadro qualquer.
Tem uma história de 30 anos e representa uma agenda importante para o Brasil.
Uma agenda que existe dentro do meu partido”, afirmou ele no discurso desta sexta.
De acordo com o senador paulista, diversas lideranças do PT, como a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente da legenda Ricardo Berzoini e o ex-deputado José Dirceu pediram sua permanência.
Ele disse que colegas do PT e da oposição apelaram para que ele não renunciasse.
Mercadante se disse frustrado como líder da bancada do PT, “que lutou para construir um caminho alternativo a esta crise, sem pré-julgamento, que não é o caminho da democracia, mas sugerindo o afastamento do senador José Sarney e a investigação rigorosa sobre todas as irregularidades relativas ao Senado”.
O arquivamento das acusações contra Sarney pelo plenário do Conselho de Ética, na última quarta, enfraqueceu ainda mais a liderança do petista.
Os votos dos senadores do partido no colegiado foram fundamentais para o arquivamento das ações.
Leia íntegra da carta de Lula a Mercadante Assista a trecho do discurso de Mercadante E você, o que acha da decisão de Mercadante?
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