Brasília (14) - Apesar de não ser novo e de ter como objetivo básico confundir a opinião pública ao fazer denúncias sem provas, o cerco feito pelos opositores ao PSDB agora utiliza todo o potencial eletrônico disponível para alcançar seus objetivos.
Com a Internet e suas ferramentas, o volume de mentiras e sua difusão ficaram maiores e mais velozes, tornando ainda mais difícil o trabalho de desmascarar inverdades lançadas.
A avaliação é da governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius (RS), acusada por seis procuradores que, em ação ajuizada contra ela e outras nove pessoas, pediram o seu afastamento do cargo numa entrevista coletiva qualificada por ela como verdadeiro “circo político”.
O pedido foi negado pela juíza Simone Barbisan Fortes por absoluta inconsistência.
Para quem gosta de espetáculos, a entrevista dos promotores do Ministério Público Federal foi um prato cheio.
Em poucos segundos, as infundadas acusações dos procuradores, além do esdrúxulo pedido feito à juíza, já estavam repercutindo.
Tanto a governadora quanto o PSDB representaram contra os promotores gaúchos junto ao Conselho Nacional do Ministério Público.
Leia abaixo uma entrevista feita com a governadora em que ela fala de algumas das suas maiores realizações como governadora do Rio Grande do Sul.
Motivo suficiente, segundo ela, para alvoroçar os opositores e fazer com que eles iniciassem uma difamação sem precedentes contra uma chefe de governo.
Como a senhora avalia hoje o que o PSDB chamou em nota oficial de “espetacularização” do seu pedido de afastamento?
Yeda – Não escapa a mais ninguém que há partidos que aparelham agentes públicos.
O propósito disso é o de buscar enfraquecer possíveis candidatos do PSDB às eleições do ano que vem.
Eles se aproveitam dos próprios organismos do Estado par agir.
A novidade agora é o uso de recursos midiáticos como estratégia de atuação.
Mas eu digo que esse cerco ao PSDB, aliás em vários lugares do país, isso não é novidade.
A senhora credita esta ação ao seu desempenho no governo?
Yeda – Isso deve incomodá-los.
Foram basicamente três coisas.
A conquista do déficit zero, a conquista da confiança nacional e internacional uma relação federativa com as prefeituras inédita e invejável.
A senhora poderia relatar mais a respeito do déficit zero?
Yeda – Quando assumi havia um déficit crescente que impedia o governo de investir.
Em dois anos nós mudamos isso, o que significa que agora pagamos todas as contas em dia inclusive o décimo-terceiro salário sem empréstimos.
Aqui se pagava o décimo-terceiro aos ativos e inativos através de empréstimos.
Com a conquista do déficit zero isso acabou.
A senhora mencionou que o RS não tinha credibilidade, é isso?
Yeda – Não havia confiança no Estado.
Mudamos isso.
A volta da confiança internacional ficou demonstrada numa operação de emissão primária de ações do Banrisul em 2007.
Nós tivemos o maior IPO as história da América Latina.
Isso é confiança.
Em seguida, em 2008, o Banco Mundial aprovou por unanimidade um empréstimo inovador ao Rio Grande, para reestruturar as dívidas do Estado.
Dívidas que venceriam nos próximo anos e não tínhamos como pagar com a nossa receita normal.
Nós resgatamos esses títulos e vamos pagar estes valores ao Banco Mundial com uma taxa de juros menor em 30 anos.
Resultado: estamos pagando menos dívidas.
E quanto à relação do governo com os municípios.
O que mudou?
Yeda – A relação federativa que estabelecemos com as prefeituras nos orgulha muito.
Os prefeitos e prefeitas de qualquer partido publicamente manifestam a confiança e as realizações do governo estadual nas suas comunidades.
Seja na questão social ou de infra-estrutura. É uma relação de causar inveja a outros tipos de relação onde não existe o mesmo respeito que nós tivemos ao fazer políticas públicas municipalizadas.