Do estadao.com.br O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ivar Pavan (PT), deferiu o requerimento assinado por 39 parlamentares que pedia a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos atos de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB-RS).
A CPI funcionará por 120 dias.
Além do pedido, cerca de 1.500 manifestantes protestaram em frente ao Palácio Piratini até o início da tarde desta sexta-feira.
De acordo com Pavan, a avaliação preliminar é de que os deputados têm a obrigação de fiscalizar o Executivo. “Há um clamor da sociedade gaúcha para esclarecer todos os fatos.
Essa é uma crise como nunca antes vista no Rio Grande do Sul”, declarou o presidente da AL ao estadao.com.br.
A líder do governo Yeda na Assembleia, Zilá Breitenbach (PSDB-RS), disse que o governo “vai trabalhar os fatos com tranquilidade e esclarecer tudo sobre essas acusações contra a governadora”.
O requerimento será publicado no Diário da Assembleia Legislativa na próxima -feira, haverá prazo de cinco dias consecutivos para que as bancadas indiquem os nomes que vão compor a CPI, que será composta por dois parlamentares do PT, PMDB, PP e PSDB.
Partidos com pouca representação no plenário - como PDT, PTB, DEM e PPS - terão um representante.
Após a indicação dos nomes dos parlamentares, haverá prazo de 3 dias que a CPI seja instalada.
Manifestações pró e contra Yeda Crusius se dirigiram ao Palácio Piratini durante a manhã desta sexta-feira.
A assessoria de imprensa da Brigada Militar confirmou a prisão do padre Rudimar Dal Asta - coordenador da Comisão Pastoral da Terra (CPT) no Rio Grande do Sul contrário ao governo por volta das 12h15min.
Segundo a assessoria do deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS), ele foi levado para dentro do Piratini pelos brigadianos.
Poucos minutos depois, os policiais levaram-no para a 1º Delegacia de Polícia.
Ele assinou um Termo Circunstanciado e foi liberado.
Durante o protesto, um grupo de cerca de 80 pessoas de apoio à governadora, que estava na Esplanada da Assembleia Legislativa, foi atacada com pedras e ovos pelos manifestantes que pediam a saída da tucana.
Pouco antes das 13 horas, eles se aproximaram do Palácio Piratini de mãos dadas e deram um abraço coletivo no prédio sem qualquer interferferência da Brigada Militar.