Prezada deputada Terezinha Nunes, É estranho pensar que alguém, sobretudo um professor da rede estadual de Pernambuco, possa ter saudade do que viveu durante o Governo Jarbas, quando o que se viu foi uma desvalorização da categoria, sobretudo na questão salarial, quando a média anual de reajuste nos oito anos foi de 2,4%.
O poder aquisitivo da categoria foi esmagado e ser professor deixou de ser motivo de orgulho.
E não foi só isso.
A população é testemunha de como o governador Eduardo Campos assumiu a rede estadual em 2007.
Além dos baixos salários dos professores, cujos últimos ganhos significativos aconteceram em 1995 - na gestão do ex-governador Miguel Arraes (foi nessa época que houve um reajuste de 27,46% e a implantação do Plano de Cargos - uma conquista reconhecida pelo próprio Sintepe), existiram também problemas na rede física das unidades, com telhados desabando e ameaçando a vida dos estudantes e professores.
Só no primeiro trimestre de 2007, seis telhados desabaram levando o Estado a interditar 72 escolas para fazer serviços de emergência; 508 unidades não passavam, há mais de dois anos, por nenhum tipo de manutenção em sua estrutura física e existiam 289 matrizes curriculares nas escolas estaduais.
Os alunos não tinham sequer material escolar e fardamento e os jovens do ensino médio não recebiam merenda e só tinham os livros que eram enviados pelo MEC.
As escolas em tempo integral eram apenas 13, beneficiando uma minoria – apenas 4,5 mil alunos.
Hoje são 103 unidades e quase 40 mil jovens matriculados.
Hoje, 10 anos depois a realidade é outra.
Ações concretas de valorização dos professores, como o programa de formação continuada que entre os anos de 2007 e 2008, ofereceu mais de 50 mil capacitações e as três mil oportunidades de especialização ofertadas.
Nos oito anos do Governo Jarbas contabilizou-se apenas 1.300 oportunidades de especializações.
Sem falar no Programa Professor Conectado, no Bônus por Desempenho, no vale livro para a Bienal, nas assinaturas de jornal e revista e tantos outros benefícios, que foram implantados pela atual gestão e que hoje já são direitos adquiridos pela categoria.
O investimento com as ações de educação já chega a quase 27% do que é arrecadado pelo Estado, quando a Lei determina que seja investido 25%.
Quanto ao diálogo, esse governo está sempre de portas abertas para os servidores.
Não foi a toa que em 2007 instalou-se pela primeira vez na história do executivo pernambucano uma Mesa Geral de Negociação - um canal de diálogo entre Governo e Sindicatos, onde as questões financeiras são tratadas com transparência e todas as informações sobre a arrecadação e os investimentos do Estado são repassados a todos os grupos dos servidores.
Ontem, a reunião entre Governo e Sindicato foi, de fato, cancelada porque o secretário de Educação precisou acompanhar o governador Eduardo Campos em Brasília em uma audiência com o ministro Fernando Haddad para tratar de novos investimentos para Pernambuco.
Foram pedir a liberação de mais de R$ 58 milhões do Programa de Ação Articulada (PAR) para ser investido na recuperação de 36 escolas e construção de outras oito unidades.
Isaltino Nascimento Deputado Estadual – Líder da Bancada do Governo