Por Daniel Coelho O Brasil vive um pluripartidarismo bizarro.
Vários partidos agrupados de forma estranha, dependendo de arranjos regionais.
No plano nacional, duas grandes frentes divididas entre PSDB e PT.
Dois partidos que defendem bandeiras parecidas e que têm, na maioria das vezes, práticas bem similares.
No meio de todos eles, sem pertencer a bloco nenhum, estão os oportunistas, que aderem ao poder sem vergonha.
Até porque, qual é a diferença entre apoiar FHC, Lula, Serra ou Dilma?
Considerando as numerosas virtudes dos citados, como também as não menos numerosas falhas.
Todos estes, infelizmente, fazem parte da nova corrente política brasileira.
A dos neo-conservadores.
Derivado disso, temos uma análise política bitolada a uma falsa polarização de dois iguais.
Quando se trata de outros partidos, sempre tentam classificá-los como aliados do PT ou PSDB ou como da esquerda ou direita (o que é mais bizarro ainda, considerando as alianças vistas nas ultimas eleições).
Nesta grande confusão, fica a pergunta de um observador externo: Faz algum sentido termos tantos partidos assim no Brasil?
Aí vem a grande novidade.
Há muito, nós Verdes dizíamos que estávamos à frente da antiga polarização entre esquerda e direita, que tínhamos algo novo a apresentar.
Finalmente, havia um projeto independente nascendo aqui em Pernambuco e no Brasil, que traria um novo conceito de desenvolvimento sustentável e ético para o país.
Claro, ninguém queria acreditar que agora, depois de tantos anos, os Verdes tenham amadurecido e saído da aba dos neo-conservadores.
Mas há uma nova geração de Verdes no Brasil afora, que juntos com fundadores como Gabeira e Sirkis, acharam que chegou a hora de declarar independência.
E quando isso ocorre, vem a reação.
As ironias e análises de que a candidatura a Presidente de Marina Silva pelo PV atrapalharia Serra ou Dilma, só mostram como estão bitoladas as cabeças dos neo-conservadores.
Marina vem para construir, não para atrapalhar.
O PV mostrará que não somos obrigados a aceitar a manutenção do status “quo”, já acatado por legendas como PCdoB e PPS com princípios ideológicos perdidos em sua subserviência ao PT e PSDB, respectivamente.
Quem sabe esse grito de independência política e ideológica não faz com que analistas e partidos quebrem suas barreiras mentais e tragam para o Brasil novos ventos.
Marina candidata a presidente é a maior novidade política desde as Diretas e fará milhares de brasileiros acreditarem que é possível.
Daniel Coelho é Vereador do Recife pelo Partido Verde – www.danielcoelho.com.br