Caro Jamildo, A tropa-de-choque de Sarney, capitaneada por pessoas do quilate de Collor e Renan, deu com os burros n’água ao tentar intimidar o senador Sérgio Guerra, denunciando que o mesmo, quando viajou aos Estados Unidos para tratamento médico, levou junto a filha Helena, com passagem paga pelo Senado.

Ora, se Sérgio Guerra, que tem 28 anos de vida pública exercendo os cargos de Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e secretário de estado de Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos e teve sua vida vasculhada neste episódio, inclusive com investigações sobre seu imposto de renda, como chegou a ser divulgado em Brasília, e no final se conclue que a única acusação contra ele é essa, a chamada tropa-de-choque acabou foi lhe dando um salvo conduto.

Além do mais, como já explicou, ele estava muito doente e levou a filha junto porque o Senado autoriza que num caso desses alguém acompanhe o senador.

Ou um médico ou alguém da família.

Helena, que fala fluentemente inglês, foi com o pai para uma consulta com o objetivo de servir-lhe de intérprete.

Então, o que há de errado nisso?

O que não dá, é Sarney ficar comandando da presidência do Senado, em cujo cargo cometeu inúmeras arbitrariedades, ou permitiu que elas fossem cometidas, junto com Renan e caterva fique agora palitando os dentes e querendo ver se puxa todo mundo para a mesma vala comum em que está metido. É preciso separar o joio do trigo e enfrentar esse povo, sob pena desta turma acabar provocando o fechamento do Senado e, em consequência do Congresso, mergulhando-nos numa ditadura.

Abraços, Terezinha Nunes