O secretário de Articulação Regional, João Paulo, se reúne na manhã desta quarta-feira (12), às 9h, em Palmares, com oito prefeitos dos municípios-sede da zona da Mata onde está sendo implantado o programa Abatedouros Regionais, desenvolvido pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco (Promata).

O encontro vai servir para apresentar o modelo de gestão proposto para os oito equipamentos, que deverá ser a concessão dos abatedouros por meio de uma licitação pública.

Confirmaram presença os prefeitos de Itambé, Paudalho, Barreiros, Catende, Escada, Quipapá, Palmares e Ribeirão.

Também participam do encontro os representantes dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural e do Consórcio da Mata Norte do Agreste Setentrional do Estado do Pernambuco (Comanas).

Ainda foram convidados parceiros como a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o Ministério Público e as secretarias estaduais de Agricultura e Reforma Agrária/Adagro e de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente/CPRH.

Atualmente, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Articulação Regional/Promata, investe, aproximadamente, R$ 25 milhões, na construção de oito abatedouros regionais, que vão atender a 43 municípios da Zona da Mata e 14 do Agreste Setentrional, com uma capacidade total de abate de 14.800 animais de grande porte por mês.

Segundo o secretário de Articulação Regional, João Paulo, o Governo investe na regionalização do abate de animais como estratégia para garantir que esses equipamentos sejam auto-sustentáveis, respeitem o regulamento de inspeção industrial e sanitária, além da legislação ambiental e trabalhista.

Para construção do modelo de gestão, a viabilidade econômica do projeto foi estudada em detalhes pelo Promata, com a contratação da ACE Consultoria, da Universidade Federal de Pernambuco.

A proposta foi discutida e analisada junto com os parceiros.

De acordo com José Gil, técnico do Promata que gerencia o projeto, para concessão dos equipamentos serão a menor taxa de abate e a melhor proposta técnico-financeira, envolvendo plano de manutenção das instalações e equipamentos, plano de controle ambiental e gestão da qualidade do processo. “Outro diferencial é o controle da utilização dos investimentos em bens públicos.

Para isso o Governo está criando o Núcleo de Monitoramento do Abate, colegiado que será composto pelos parceiros da iniciativa, com a missão de acompanhar o concessionário e evitar o mau uso do abatedouro”, concluiu José Gil.

O Núcleo conta ainda com a participação dos CMDRS – Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural e Sustentável como controle social das ações e efeitos da gestão dos concessionários, interagindo com os órgãos fiscalizadores, inclusive no combate da prática do abate clandestino.

Outro ponto previsto no modelo é a logística de transporte do gado e a distribuição da carcaça resfriada para açougues, entrepostos de comercialização e mercados públicos e privados, ampliando o mercado para os pequenos produtores e marchantes.

Abatedouros Regionalizados – A proposta do projeto Abatedouros Regionalizados é, também, garantir que os espaços funcionem dentro das normas estaduais da inspeção sanitária.

Para isso, o Programa já deu início à capacitação de 1.140 profissionais que trabalham no abate de animais, entre Magarefes e Fateiras.

Eles estão sendo orientados em temas como associativismo, cooperativismo e cidadania, abate humanitário e manipulação de carnes.

O principal objetivo da concentração do abate de animais é que ela valoriza o equilíbrio econômico do processo produtivo, permite a gestão da qualidade dos processos que envolvem o abate, formaliza as relações de trabalho, utiliza mão-de-obra de forma cooperada e faz com que os resíduos provenientes sejam controlados com o tratamento adequado.