Do Blog de Josias de Souza Com um par de manobras, o suplente de suplente Paulo Duque retirou José Sarney da grelha do Conselho de (a)Ética do Senado.

Na quarta (5), Duque mandou ao arquivo quatro das 11 ações protocoladas contra Sarney.

Na sexta (7), engavetou as outras sete.

Decididos a devolver Sarney ao espeto, lideranças do PSDB e do DEM abriram uma negociação com Aloizio Mercadante, o líder do PT.

Juntos, tucanos e ‘demos’ dispõe dos cinco votos necessários para recorrer contra as decisões de Paulo Duque (PMDB-RJ).

De posse dos recursos, Duque é obrigado a submeter os arquivamentos a uma votação no conselho.

Porém…

Porém, para que as ações sejam reabertas são necessários oito votos.

Placar que a oposição só atingirá se contar com o reforço dos três votos petistas no conselho.

Em reuniões reservadas e em contatos telefônicos, Aloizio Mercadante mostra-se disposto a ajudar.

Age movido pela vontade da maioria de sua bancada.

A despeito da adesão de Lula ao “fica Sarney”, pelo menos sete senadores do PT advogam a tese do afastamento de Sarney.

Uma licença, não a renúncia.

Na última quarta (5), antes da reunião em que Duque anunciou o engavetamento das primeiras quatro ações, Mercadante reuniu-se com um par de ‘demos’.

Foram ao gabinete do líder do PT Demóstenes Torres (GO) e José Agripino Maia (RN), líder do DEM.

Nessa conversa, Mercadante reiterou o que dissera em outra reunião que ocorrera na véspera, no gabinete do presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

O líder do PT disse que não está de acordo com o arquivamento linear de todas as denúncias que assediam Sarney.

Afirmou que tampouco concorda com a reabertura de todas as representações.

Comprometeu-se com a análise criteriosa, caso a caso.

Leia mais.