Reajuste salarial de 12%, além de 10% de participação no lucro líquido dos bancos.
Estas são algumas das reivindicações propostas pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), apresentadas no 38° Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais Bancários e Securitários.
O evento acontece neste sábado (8), no Hotel Recife Palace, em Boa Viagem, e vai traçar a pauta dos mais de 400 mil associados em todo o País para a data-base da categoria neste ano, que se inicia em 1º de setembro.
No encontro, estarão presentes mais de 500 representantes sindicais de todo o Brasil ligados à UGT.
De acordo com Gustavo Walfrido, presidente da entidade, tão importante quanto a questão salarial, está a melhoria das condições de trabalho, principalmente diante dos impactos provocados pelas recentes fusões, causando redução dos postos de trabalho.
Segundo a União Geral dos Trabalhadores em Pernambuco (UGT-PE), organizadora do Encontro Nacional, o Bandepe, hoje incorporado pelo Banco Real que por sua vez fundiu-se com o Santander, desde a primeira mudança societária, o antigo banco pernambucano promoveu o corte de 4.500 postos de trabalho.
Daí a redução dos postos de empregos ser uma das principais preocupações dos bancários.
Em dez anos a categoria passou de 1 milhão para 400 mil filiados no sindicato.
Os sindicalistas afirmam que as últimas uniões de bancos, apesar de implantadas para fortalecer o sistema financeiro nos tempos de crise, têm prejudicado também os clientes e não somente o emprego dos bancários.
Um exemplo citado é o aumento de cerca de 150% no valor das tarifas nos últimos dois anos, além do fechamento de agências. “Não bastasse o impacto na vida dos trabalhadores demitidos e dos usuários com a queda da qualidade do serviço, os que permaneceram estão sendo submetidos a metas abusivas”, lembra Walfrido.
A redução no número de trabalhadores no País também serve de reflexão nas discussões.
Segundo pesquisas, a categoria somava, há dez anos, mais de 1 milhão de trabalhadores, e hoje conta com menos da metade.
Mais recentemente as últimas fusões de bancos provocaram, somente no Estado de São Paulo, mais de 1.300 demissões.
O presidente da UGT-PE ainda analisa: “Os postos fechados com essas operações ainda são do pessoal ‘invisível’ das agências, isto é aqueles que trabalham na retaguarda como na folha de pagamento, mesas de operações e RH.
Mas sabemos que com o tempo e o fechamento de agências que operam juntas, os cortes se tornarão mais aparentes e ocorrerão em todas as praças”.