De Cidades/ JC Uma semana depois da Polícia Civil pernambucana pedir a soltura de Amanda Carine Barbosa Rodrigues, 23 anos, que passou 18 dias presa sob acusação de matar o marido, o boxeador italiano naturalizado canadense Arturo Gatti, 37, o advogado da viúva, Célio Avelino, afirma que sua cliente vai processar o Estado pelo tempo que passou na cadeia.
De acordo com Avelino, Amanda deve vir ao Recife ainda este mês para tratar do assunto. “Mesmo a polícia dizendo que não deve desculpas a ela, Amanda é credora de uma indenização por dano moral”, destaca.
A viúva do boxeador viria na próxima segunda-feira à capital pernambucana para se reunir com Avelino.
O advogado, no entanto, pediu para que ela só chegasse ao Recife quando tivesse cópia do seguro de vida de Gatti, que beneficiaria Amanda em US$ 1 milhão.
O documento tem gerado discórdia entre a viúva e a família do pugilista, que continua desconfiando do resultado do inquérito da Polícia Civil do Estado.
Parentes de Arturo Gatti acreditam que Amanda teria assassinado o lutador, ou seja, defendem a primeira versão apresentada pela polícia pernambucana. “Vamos conversar sobre vários assuntos, entre eles a indenização e o famoso testamento do qual tanto falam.
Por isso pedi a ela que viesse para cá apenas quando tivesse uma cópia do documento”, explica.
O bicampeão de boxe Arturo Gatti estava de férias com a esposa, Amanda Rodrigues, e o filho do casal, de apenas 10 meses, em Porto de Galinhas, Litoral Sul.
Na manhã do último dia 11, ele apareceu morto no flat onde estavam.
A polícia chegou a prender Amanda em flagrante pelo suposto crime, mas depois a perícia concluiu que tratava-se de um caso de suicídio.