Em nome de todo o PSDB, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE) manifestou, nesta quinta-feira, no plenário do Senado, um amplo e irrestrito apoio e solidariedade ao senador Arthur Virgílio por estar sofrendo uma “agressão” com uma representação “precária, grosseira, injusta, calamitosa e criminosa” feita pelo PMDB no Conselho de Ética. “Não falo em meu nome, falo em nome de todo o PSDB, dos governadores, dos senadores, dos deputados e vereadores”, afirmou Guerra acrescentando que “Arthur Virgílio é um orgulho do PSDB”.
Guerra disse ter - de forma tão clara como o dia – a convicção de que o senador Arthur Virgílio é um democrata, é um homem correto.
E com certeza “sairá maior do que é hoje de tudo isso”.
E continuou: “Arthur não merece o que está sendo feito contra ele.
Arthur é um grande homem público, se sair, fará enorme falta ao Senado, enorme falta ao Brasil”.
O presidente do PSDB relatou que, nas viagens que faz pelo Brasil, sempre ouve elogios ao senador amazonense.
Por outro lado, salientou Guerra, se o senador José Sarney ficar no cargo, vai comprometer sua vida pública porque não tem liderança, nem autoridade para presidir o Senado.
Segundo o presidente tucano, o discurso de Sarney, feito na última quarta-feira e quando anunciou que não renunciaria ou se afastaria do cargo, foi correto do ponto de vista de pedir a pacificação. “Seu apelo à pacificação do Senado, ontem, foi correto.
Mas isso foi perturbado pela leitura, hoje, de uma representação grosseira contra o senador Arthur Virgílio”.
RENAN CALHEIROS A leitura da representação foi feita pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros. “Conheci o senador Renan Calheiros começando sua vida política lá pela esquerda. É deplorável o rumo que ele tomou.
Ler essa representação não ajudou o senador Renan.
Praticamente o condenou, a sua biografia e ao seu conceito”, afirmou Guerra.
O presidente do PSDB afirmou que toda a bancada ficou sabendo hoje que o PMDB estaria articulando denúncias contra ele mesmo e os também senadores tucanos Álvaro Dias e Tasso Jereissati. “Meu pai me ensinou a ter coragem.
Não vou para casa com ameaças de ninguém.
Ameaça é uma fraude ao regime democrático.
Por que a ameaça e a chantagem?”, questionou.
Sobre a chamada tropa de choque que apóia o presidente Sarney e que é comandada por Calheiros, Guerra ressaltou que “não aceitamos esse pessoal.
Ou eliminamos a tropa de choque ou ela deve compreender que isso não faz bem á democracia.
O Conselho é da ética.
Não do PMDB nem de nenhum partido. É do diálogo, da discussão.
Quero saudar aqueles que vão resistir a essas ameaça.
Tenho vergonha dos fatos que aqui acontecem”.
E concluiu: “O presidente Sarney não contribui em nada.
Seria melhor que ele estivesse em casa”.