Da Agência Estado O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), protocolou na tarde desta sexta-feira, 7, os pareceres sobre sete ações apresentadas ao colegiado contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).
A imprensa ainda não teve acesso ao conteúdo das decisões, o que só deve ocorrer quando as mesmas forem publicadas no Diário Oficial do Senado.
Na quarta-feira, 5, o presidente do Conselho de Ética já havia pedido o arquivamento de quatro denúncias contra Sarney e uma contra o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL).
Após a reunião, Duque sinalizou que pediria o arquivamento de todas as ações contra Sarney.
As denúncias são: uma representação do PSOL, três representações do PSDB, uma denúncia do líder tucano Arthur Virgílio(AM), e duas denúncias apresentadas em conjunto por Virgílio e pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Todas as ações acusam Sarney de quebra de decoro parlamentar, por denúncias que vão da contratação de aliados e parentes por atos secretos a desvio de dinheiro destinado pela Petrobrás à Fundação Sarney para empresas fantasmas.
Como não haverá reunião do Conselho de Ética nesta sexta-feira, Paulo Duque irá apenas registrar seus pareceres na secretaria-geral da Mesa Diretora.
O prazo para que o senador apresente os pareceres termina nesta sexta.
Na quarta-feira, Paulo Duque pediu o arquivamento de uma representação protocolada pelo PSOL e três denúncias apresentadas individualmente pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM) contra José Sarney.
Uma representação ingressada pelo PSOL contra o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), também foi engavetada.
A oposição afirmou que recorrerá ao plenário do colegiado das decisões.
De acordo com um assessor da liderança do PSDB na Casa, o recurso será interposto na próxima segunda-feira, 10, após análise de Arthur Virgílio (AM).
Além da resposta sobre as sete ações contra José Sarney, Paulo Duque fará um despacho sobre um pedido do PSOL para que seja incluído na representação que o partido registrou contra Sarney, em 30 de junho, a informação sobre a interferência do presidente do Senado na contratação do namorado de sua neta, que foi nomeado na Casa por ato secreto.
Na representação, rejeitada esta semana, o PSOL pedia investigação sobre a responsabilidade do presidente do Senado na edição de atos secretos, mas não fazia referência à contratação do namorado da neta do senador, pois esta denúncia só foi revelada durante o recesso parlamentar, em julho.