De O Estado de S.Paulo O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou nota hoje para explicar as contradições apresentadas ontem por ele no seu discurso em plenário.
O senador diz que “refuta” as insinuações de nepotismo cruzado.
Ontem, aos colegas, ele responsabilizou aliados pela nomeação de parentes da família Sarney.
Ele disse ainda que referiu-se ao desconhecimento de Rodrigo Miguel Cruz, que seria funcionário de Roseana Sarney, e não Rodrigo Lima Cruz, genro do ex-diretor-geral Maia.
No telão apresentado ontem em plenário, apareceu apenas o nome “Rodrigo Cruz”.
Sarney mudou a versão sobre Luiz Cantuária, a quem disse desconhecer ontem.
Hoje, o senador disse que conhece Luiz Cantuária, mas por outro nome, Lucas Barreto. “Trata-se de pessoa que nunca conheci com esse nome, e sim como Lucas Barreto, como é conhecido por todos no Amapá o ex-deputado federal e ex-candidato a prefeito”.
No discurso ontem, Sarney afirmou que seu neto José Adriano Cordeiro Sarney “nunca” teve qualquer relação com o Senado.
O jovem é dono da empresa Sarcris, intermediária de empréstimos consignados.
Hoje, Sarney tentou corrigir a versão. “Expliquei no discurso, com documentos, toda a sua relação com o HSBC e deste com o Senado.
O resto são considerações pessoais e ilações sem importância, que não me cabe contestar.” Veja a íntegra da nota: A propósito de informações divulgadas hoje pela imprensa sobre o seu discurso de ontem no Senado Federal, o Senador José Sarney, presidente do Senado Federal, presta os seguintes esclarecimentos: 1) “Os nomes de pessoas nomeadas para o Senado Federal, por mim relacionadas em meu discurso, são aquelas constantes das representações levadas ao Conselho de Ética.
O fundamental, a esse respeito, foi demonstrar que não se tratava de nomeações feitas por mim, não me cabendo, portanto, responsabilidade sobre elas.
O Artigo 5º da Constituição estabelece que nenhuma responsabilidade vai além do acusado, ou seja, não se transfere a outrem.
Esse é o problema legal que se discute no Conselho de Ética.
Além disso, refuto as insinuações de nepotismo cruzado, citando mais uma vez as testemunhas disponíveis.
A bem da verdade, não se deve dar às ilações a aparência de fatos; 2) de fato, não conheço o Sr.
Rodrigo Miguel Cruz, que trabalhava no gabinete da senadora Roseana Sarney. É este que está relacionado na denúncia do PSOL, que se baseia em O Estado de S.
Paulo.
O genro do Sr.
Agaciel chama-se Rodrigo Luiz Lima Cruz e nem foi citado na representação; 3) em relação ao Sr.
Luiz Cantuária, trata-se de pessoa que nunca conheci com esse nome, e sim como Lucas Barreto, como é conhecido por todos no Amapá o ex-deputado federal e ex-candidato a prefeito.
Não é mais funcionário do Senado; 4) quanto a José Adriano Sarney, expliquei no discurso, com documentos, toda a sua relação com o HSBC e deste com o Senado.
O resto são considerações pessoais e ilações sem importância, que não me cabe contestar.” Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado Federal Brasília, 06 de agosto de 2009"