Num discurso inflamado para quase quatro mil pessoas, na noite dessa quarta-feira (5), o prefeito João da Costa acusou um certo jornal que tratou da questão do lixo de querer “desvirtuar”, “insinuar exageros” e “criar desgaste no governo”.
Tal qual Sarney, disse (nas suas palavras) que a mídia é responsável por uma campanha de difamação.
Os políticos são todos vítimas, há de se pensar.
O que se tem feito no Jornal do Commercio, através de uma bela série de reportagens, nada mais é do que traduzir relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE), entrevistar ex-prefeito, especialistas, mergulhar de maneira profunda e primorosa nos bastidores do mais importante contrato do município.
O jornal expõe as equivocadas decisões políticas, os números contraditórios, através de provas documentais, e sai de “suspeito” no entendimento do prefeito.
De estranho mesmo, também há de se pensar, só os contratos de coleta de lixo no Recife.
Ouça acima o trecho do discurso de João da Costa, durante anúncio de pacote de obras do Orçamento Participativo.
Abaixo, a transcrição dos principais pontos: “Hoje mesmo, um jornal dessa cidade traz de volta a questão do lixo para desvirtuar… de que há malversação de recursos, que os preços são exagerados, que o outro deu entrada de um valor até o outro com prazo que cresceu demais, que isso não tem explicação, e fica só nessa conversa pra ver se o povo é… deve estar acontecendo alguma coisa.
E por que é que eles estão dizendo isso?
Estão dizendo isso porque a gente resolveu a questão do lixo na cidade, porque a gente fez um projeto para melhorar o serviço”. “Em vez de ter 30 caminhões velhos, caindo aos pedaços para recolher o lixo, nós exigimos dar emprego, mais de 50 caminhões zero quilômetro para cuidar e recolher o lixo, e ser regularizada a coleta.
Em vez de a gente ter um varredor varrendo mais de três mil metros, nós diminuimos a quantidade de metros para preservar os trabalhadores e gerar mais empregos (aplausos)”. “(…) em vez de fazer análise pelo serviço, querem fazer análise pelo contrato, insinuar de que isso é exagero, que não tem justificativa, para tentar trazer de volta o desgaste do governo, que eles viram, que acharam que a gente não ia sair dessa confusão, e a gente dá o nó e resolve”.
A farra dos preços Tudo em nome da excelência João Paulo, quando era prefeito, ignorou estudo técnico que pedia a divisão do bolo de lixo do Recife João Paulo diz que, para não reinventar a roda, deixou como estava Gestores mudam, mas modelo se mantém igual Recife e o suposto preconceito contra a iniciativa privada