Os empresários do varejo da Região Metropolitana do Recife (RMR) estão otimistas em relação às vendas no Dia dos Pais de 2009.
Menos de 10% admitem vendas menores que no ano passado, contra cerca de 20% que esperam vendas iguais e mais de 70% que esperam faturamento maior.
A metodologia da Fecomércio-PE permite estimar, a partir das respostas dos empresários, um aumento de vendas no entorno de 12% em relação a 2008.
Esse percentual se aproxima dos cerca de 15% de crescimento nos gastos com presentes, obtidos com base nas entrevistas com os consumidores.
A crise financeira não parece afetar o otimismo dos empresários quanto as vendas no Dia dos Pais.
Mesmo assim, cerca da metade admite que as vendas na data podem ser afetadas.
Nas áreas pesquisadas, é no comércio tradicional que o reconhecimento da presença da crise é mais forte com 51,74% das respostas, enquanto que nos shopping centers o percentual é de 43,59%.
Embora reconhecendo a presença da crise, os empresários estão otimistas em relação ao Dia dos Pais e ao ano de 2009.
Quase 73% dos entrevistados apostam em vendas maiores em 2009, contra mais de 19% que esperam a estabilidade das vendas e menos de 8% que admitem queda.
Não há diferença marcante entre as duas áreas, mas os empresários do shopping estão um pouco mais otimistas. É provável que o otimismo dos empresários decorra do fato de que entre eles a opinião dominante é que a crise deverá se encerrar no próximo ano. É notável que 22,70% dos entrevistados consideraram a crise já superada e mais de 24% apostam que perdure somente até o final do ano em curso.
O percentual dos que admite a continuidade da crise após o ano de 2010 não chega a 9%.
Esses resultados caracterizam uma nítida evolução das expectativas dos empresários em comparação com as pesquisas realizadas pela Fecomércio-PE durante 2009.
Além de ter evoluído durante o ano, o otimismo, dos empresários da RMR é maior do que o registrado na pesquisa de Caruaru para o Dia dos Pais.
A grande preocupação da maioria dos empresários, no momento, é a inadimplência, superando os juros altos e a carga tributária, que sempre aparecia como o principal problema a enfrentar.
A falta de crédito foi citada por cerca de 30% dos entrevistados.
Pouca força da demanda e preços altos apareceram em 16,49% e 12,5% das respostas, respectivamente, indicando que não constituem problemas prementes, na visão dos entrevistados, um resultado que está de acordo com o desempenho recente dos índices de preços e dos indicadores da demanda na região.