Por Cecília Ramos, no JC de hoje O ex-governador Joaquim Francisco, atualmente no DEM, será recebido com festa, este mês, no ato que oficializará sua entrada no PSB do governador Eduardo Campos.

E não é só o quase ex-pefelista que muda de partido.

Ele levará junto a esposa, Silvia Couceiro, para a nova legenda.

A única coisa que parece não mudar (ainda) é a decisão do casal de deixar Silvia fora de disputa de mandato eletivo. “Ela não tem essa vontade de ser candidata.

Silvia me apoia, é meu esteio, meu braço direito.

E nós, agora no PSB, seguiremos o mesmo modelo”, adiantou Joaquim, pré-candidato a deputado federal nas eleições de 2010.

O evento para receber o casal está sendo preparado pelo presidente estadual do PSB, o vice-prefeito do Recife, Milton Coelho, e deve ocorrer no dia 21 ou 25 de agosto.

A data e o local estão sendo fechados.

A sede do PSB, no Espinheiro, é uma opção.

Milton informou ao JC, sexta-feira, que será um “ato representativo” com a presença de toda direção do PSB, cujo presidente nacional é Eduardo Campos.

Há possibilidade da vinda do deputado federal Ciro Gomes, ora cotado para disputar a Presidência da República, ora para concorrer ao governo de São Paulo em 2010. “Vamos fazer um evento com a dimensão que um quadro político como Joaquim merece”, garantiu Milton.

Os detalhes devem sair esta semana.

A ideia de fazer o evento foi alinhavada por Eduardo e Joaquim, quando este fez a primeira aparição pública ao lado do governador, no Festival de Inverno de Garanhuns, dia 17.

Ainda não está definido se o ato será restrito ao PSB ou se estenderá a lideranças de outras legendas que compõem a base do governo Eduardo.

Em 2004, Joaquim filiou-se ao PTB, do deputado Armando Monteiro Neto, para concorrer a eleição a prefeito do Recife.

Eles fundaram o Grupo Independente (GI), dissidência da antiga União Por Pernambuco (comandada pelo então governador Jarbas Vasconcelos-PMDB).

O GI incluia os deputados Roberto Magalhães (DEM), Luiz Piauhylino (PDT) e o ministro das Relações Institucionais José Múcio (PTB).

Esta segunda mudança partidária de Joaquim, em mais de 30 anos de política, foi motivada pelo desgaste da eleição de 2006, quando ele não conseguiu eleger-se deputado federal, mesmo com 74.799 votos.

E porque na nova casa seria mais fácil emplacar em 2010. “Minha decisão de partir para outra foi muito pensada e é baseada em contribuir com outro projeto”, resumiu.

Antes do festão do PSB, Joaquim vai procurar o presidente estadual do DEM, Mendonça Filho, “para deixá-lo a par do andamento das coisas, sem traumas”. “A mudança não é uma surpresa para Mendonça e teve aquela entrevista do JC (dia 24, quando Joaquim admitiu a troca).

Já houve períodos de convergência entre nós (ele e o DEM) e agora é de divergência”.