Da Agência Estado A crise financeira custou mais de US$ 10 trilhões aos governos de todo o mundo e algumas economias se preparam para enfrentar sua pior dívida pública desde a Segunda Guerra Mundial.
Os dados são do Fundo Monetário Internacional (FMI), que um gasto dos países ricos no valor de US$ 9,2 trilhões para salvar bancos e dar liquidez ao mercado financeiro.
O valor dos gastos com os bancos é equivalente a oito “brasis”.
Ou seja, o montante já gasto e prometido por governos para ajudar as instituições financeiras equivale a quase oito vezes o PIB brasileiro, de cerca di US$ 1,5 trilhão.
Do total, quase US$ 2 trilhões já foram distribuídos às empresas financeiras.
O restante são garantias e empréstimos com juros bem abaixo do mercado.
Em injeção de capital, os gastos foram de US$ 1,1 trilhão, contra US$ 4,6 trilhões em garantias.
Além de ter de emprestar e salvar bancos, governos viram suas arrecadações despencarem diante da queda da produção e do consumo.
Por isso, o FMI alerta que a crise terá um efeito de longo prazo.
Em 2014, as dívidas do governo do Japão somarão 239% de seu PIB, 132% do PIB da Itália e 112% do produto americano.
O FMI e analistas acreditam que os governos conseguirão recuperar parte desse dinheiro durante a próxima década.
O problema é que a dívida explodirá até lá e, segundo o Fundo, os países ricos deverão atingir um déficit em seu orçamento de 10,2% de seus PIBs ao final do ano.
Para muitos países, esse será o maior déficit desde o final da Segunda Guerra Mundial.