Da Agência Estado O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse nesta quinta-feira, 30, que a quantidade de ações contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), “é a marcha da insensatez”.

Sarney tem 11 ações contra ele no Conselho de Ética: cinco representações e seis denúncias, quatro do líder tucano Arthur Virgílio e duas assinadas em conjunto por Virgílio e pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Em resposta às ações do PSDB, o PMDB promete representar contra Virgílio até terça-feira da semana que vem. À Agência Estado, Renan Calheiros disse que a decisão de apresentar representação contra o líder tucano foi tomada “partidariamente”. “O PMDB disse que, se o PSDB entrasse com representações contra o presidente Sarney, existiria um comportamento recíproco”, justificou o senador. “Uma coisa era o Arthur Virgílio apresentar denúncias e outra coisa é uma representação encampada pelo partido”, disse.

Renan explicou que técnicos do PMDB ainda estão avaliando se o partido apresentará uma única representação contra o líder do PSDB, ou se registrará três documentos em separado.

As ações seriam embasadas em reportagem da revista IstoÉ que revelou que Arthur Virgílio teria pego, em 2003, US$ 10 mil emprestado do ex-diretor do Senado Agaciel Maia quando teve problemas com seu cartão de crédito em uma viagem particular a Paris.

Segundo a revista, o senador tucano teria ainda extrapolado o limite permitido pelo Senado para usar em tratamentos de saúde, quando a mãe dele ficou adoentada.

Também pesa contra o senador a revelação de que um funcionário de seu gabinete passou 18 meses no exterior sendo mantido lá às custas do Senado.

Por causa deste funcionário, Virgílio devolverá R$ 210.696,58 aos cofres públicos, valor referente à soma de salários e recolhimento de impostos que saíram das contas da Casa para custear as despesas com o assessor na folha de pagamento.