A violência de Sarney Deu no blog de Chico Bruno 10 de novembro de 1988.
No dia anterior, o Exército invade a Siderúrgica Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro, para retirar operários em greve.
Entra atirando.
Resultado: três operários mortos e quase uma centena de feridos.
Tombaram mortos Carlos Alberto Barroso, 19 anos; Walmir Freire Monteiro, 27 anos, e William Fernando Leite, 22 anos.
A notícia chocou a todos na TV Viva, onde se produzia o Programa Político de Marcus Cunha (PMDB) à Prefeitura do Recife.
Numa reunião com Roberto Menezes e Marcílio Brandão, ficou decidido que teríamos um editorial, no programa da noite, comentando o fato.
Convocamos o jornalista Homero Fonseca, assessor de Imprensa do prefeito Jarbas Vasconcelos, para redigir o documento, que, lido pelo locutor Fernando Freitas, dizia entre outras coisas: “O Governo José Sarney assume postura autoritária diante do povo (…) com os operários das estatais, emprega a força, utilizando-se do Exército brasileiro para sufocar uma greve pacífica e legítima por aumento de salários…”.
O Editorial caiu como uma bomba.
Foi o único Programa Eleitoral, em todo o país, a falar daquela violência.
Logo após sua exibição, o telefone da TV Viva toca.
Era o jornalista Ricardo Leitão, secretário de Imprensa do Governo Arraes, bastante irritado e querendo saber quem tinha autorizado aquele Editorial.
Minha resposta foi curta e grossa: “Leitão, vai à merda”.
E desliguei o telefone.
Era um desabafo, pelo total isolamento por que passamos ao longo da campanha.
Naquela noite, tomamos uma cerveja no Bar do Cabela, ali em Olinda.
E que noitada…
Essa e outras histórias deliciosas estão no livro “É tudo verdade.
Memórias de um repórter”, do jornalista pernambucano Ricardo Carvalho, que será lançado segunda-feira (27) às 19:00, na Ana Góes Recepções, no bairro do Recife Antigo.
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