“Não fosse a solução para os bancos estaduais e a capitalização do Banco do Brasil e da Caixa, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente Lula certamente não estaria vivendo o fato do Brasil ter um sistema financeiro forte, enxuto e, por isso, praticamente sem ser afetado pela crise econômica mundial”.
A análise é do senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, sobre as declarações do Presidente da República a respeito dos bancos estatais estaduais.
Ele destaca ainda, que “dificilmente teria sido possível controlar a inflação, uma vez que cada um daqueles bancos era uma máquina de emitir títulos públicos.
O resto é comício e insensatez do presidente”, avalia Guerra.
O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, assegura que a privatização dos bancos estaduais teve vários aspectos positivos.
Entre eles o fato de ter permitido ao BC reformar a regulação bancária, impondo padrões internacionais e exigindo seu cumprimento pelos bancos que operam no Brasil, públicos ou privados.
Loyola também destaca que outro resultado importante da privatização foi porque “ajudou a viabilizar a reestruturação das finanças de vários estados brasileiros, impondo disciplina fiscal aos governos”.
O deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas, presidente do Instituto Teotônio Vilela, diz que “o presidente Lula e os representantes do PT não são sinceros ao falar do processo de privatização, assim como também não são com relação a vários outros assuntos”.E questiona: “Por que não reestatizaram quando chegaram ao poder em 2003?
Na verdade, o que não sai a troco de nada são os gastos do governo, que custa cada vez mais e faz cada vez menos”.