No Globo BRASÍLIA - Os impactos da crise financeira no mercado formal de trabalho brasileiro fizeram com que os gastos com seguro-desemprego alcançassem no primeiro semestre deste ano R$ 9,95 bilhões.

Foi o maior desembolso para o período desde 2003, segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Ao todo, foram beneficiados 4,1 milhões de trabalhadores, incluindo aqueles que receberam parcelas adicionais do seguro, sobretudo, dos setores mais prejudicados.

O seguro-desemprego é uma das despesas obrigatórias do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que tem como principal fonte de receitas as contribuições empresariais ao PIS/Pasep.

Neste primeiro semestre, o FAT fechou com um resultado operacional positivo de R$ 1,7 bilhão - resultado de receitas de R$ 11,997 bilhões e despesas de R$ 10,289 bilhões.

Apesar de positivo, o saldo registrado representou queda de 70% na comparação com igual período do ano passado. - Para mim, não são apenas despesas, mas são investimentos na economia, porque, quando se liberam recursos para o trabalhador, ele vai consumir, e isso injeta dinheiro na economia - afirmou Lupi.