A Sondagem Industrial do segundo trimestre de 2009, divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, reforça a percepção de que os efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira estão perdendo força.

A pesquisa indica também que o otimismo está de volta ao setor industrial brasileiro.

O indicador de evolução da produção ficou em 48,1 pontos na pesquisa divulgada hoje, o que denota queda da produção em relação ao trimestre anterior (segundo a metodologia da pesquisa, valores abaixo de 50 pontos indicam retração).

No entanto, o número foi 12 pontos maior do que na pesquisa anterior, do primeiro trimestre, o que mostra que o ritmo de queda da produção industrial perdeu intensidade e está próximo da estabilidade.

O mesmo se deu em relação ao emprego industrial.

O indicador ficou em 49,7 pontos, o que ainda demonstra demissões no setor em relação ao período anterior.

Mas o fato de ter ficado quase cinco pontos acima do indicador do primeiro trimestre (44,8 pontos) e próximo da linha de estabilidade, de 50 pontos, demonstra que o ajuste no nível de emprego feito pela indústria está próximo do fim.

A utilização da capacidade instalada teve uma leve recuperação no segundo trimestre, segundo a pesquisa divulgada hoje pela CNI, mas ainda se mantém abaixo da média dos últimos sete anos.

O indicador ficou em 69%, ante 68% do verificado na pesquisa do primeiro trimestre.

No mesmo período do ano passado, a utilização da capacidade instalada estava em 77% na média do setor.

Importante lembrar que a metodologia utilizada pela Sondagem Industrial para aferir a utilização da capacidade instalada é diferente da metodologia da pesquisa mensal Indicadores Industriais e, portanto, os números de uma e outra não são comparáveis.