Fiscais da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Pernambuco (CPRH) destruíram três fornos que estavam em operação em plena Mata Atlântica, no terreno que pertence à antiga usina Água Branca, em Quipapá, na Zona da Mata Sul do Estado.
A estrutura vinha sendo utilizada para transformar as madeiras extraídas ilegalmente da área em carvão.
A fiscalização ocorreu entre 15 e 17 de julho, mas a informação só foi divulgada nesta quinta-feira (23) porque havia uma dúvida sobre quem exercia a propriedade do terreno onde os fornos foram encontrados, já que a área da usina, hoje administrada como massa-falida, é vizinha a um assentamento do MST.
Quando os fiscais da CPRH e os agentes da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) chegaram ao local, encontraram a estrutura em operação.
Porém, ninguém foi preso, pois os três fornos, do tipo conhecido como “trincheira”, costumam funcionar dias seguidos, queimando a lenha sem a necessidade da presença de alguém para manuseá-los.
Durante a operação, a fiscalização da CPRH ainda apreendeu 41 toras de madeiras de sucupira, murici e cupiúba, nativas da Mata Atlântica, que foram abandonadas assim que os madeireiros ilegais notaram a presença dos fiscais.
O material será doado à prefeitura de Quipapá, que tem prestado importante apoio logístico às operações, para ser utilizado como matéria-prima na fabricação de móveis escolares, como birôs e bancas.
Essa foi a segunda grande operação de fiscalização envolvendo a CPRH e a Cipoma, na área.
Na primeira, em junho, no município de Canhotinho, foram apreendidas 88 toras.
Na ocasião, três pessoas foram presas, incluindo o motorista e o proprietário de um caminhão que fazia o transporte do carregamento irregular.