O impasse continua.
Paralisação de advertência nos PSFs e ambulatórios por mais quatro dias.
Essa foi a proposta aprovada pelos médicos da rede municipal de saúde de Caruaru, em assembléia geral na Associação Médica Regional.
A nova paralisação está marcada para os dias 21, 22, 23 e 24 de julho – terça, quarta, quinta e sexta-feira.
Deixam de funcionar os ambulatórios e PSF´s.
Durante a assembléia, os médicos criticaram a nota distribuída à Imprensa pela Secretaria de Comunicação de Caruaru, alegando que retrocede ao diálogo mantido na reunião entre o prefeito José Queiroz e os presidentes do Sindicato dos Médicos (Simepe), Antonio Jordão e do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), André Longo.
Além disso, a categoria decidiu pela manutenção do movimento de estado geral de assembléia permanente e visitas aos serviços em caráter de fiscalização pelo Cremepe e Simepe. “Esta será a nossa quinta paralisação.
Continuamos lutando por valorização, realização de concurso público, carreira no SUS, salário digno, condições de trabalho e educação permanente.“ afirmou o presidente do Simepe, Antonio Jordão.
Uma nova assembléia foi marcada para o dia 23 de julho (quinta-feira), às 19h30, no auditório da Associação Médica Regional de Caruaru.
O presidente do Cremepe, André Longo frisou que, a gestão de Caruaru parece que está administrando a cidade como uma ilha, ‘com total desassistência a população, onde a escala dos médicos nas policlínicas e unidades de saúde é deficitária’.
Para o presidente do Simepe, Antonio Jordão, a construção de uma nova estrutura de saúde é primordial, não só para os médicos, mas sim, principalmente para a população dentro dos mesmos parâmetros dos termos de compromisso assinados com o Governo do Estado e as prefeituras do Recife e Petrolina. “A valorização do médico começa pela valorização da saúde, e todo profissional precisa de equilíbrio emocional, para exercer sua função da melhor forma possível”, assinalou.
O representante do Simepe em Caruaru, Marcos Bezerra, disse que o movimento da categoria é apolítico e não partidário.” Nossa campanha de valorização é social, em defesa dos médicos e da população.
A falta de médico não é por causa do movimento, mas sim pela precária escala de trabalho que necessita de mais profissionais”, enfatizou.