Nota à imprensa A Prefeitura do Recife cumpre decisão da Justiça de não mais utilizar o atual aterro da Muribeca, mesmo antes da notificação judicial, ocorrida hoje, sexta-feira, 17 de julho.
Estrategicamente, a PCR já traçou o destino dos resíduos coletados na capital pernambucana.
Provisoriamente, o lixo será levado para os dois aterros sanitários privados que existem na Região Metropolitana: CTR Candeias, em Jaboatão dos Guararapes e CTR Pernambuco, em Igarassu.
A PCR informa ainda que intensificará os trabalhos para antecipar o cronograma de implantação do Projeto Lixo Tem Valor, desenvolvido pelo consórcio Recife Energia.
A concessionária vai gerir de 60% a 70% de lixo produzido pelo Recife, durante 20 anos, aplicando um tratamento ecologicamente adequado ao material.
As operações de tratamento de lixo no Aterro da Muribeca foram encerradas nesta quinta-feira, em cumprimento a uma determinação judicial da 1ª Vara Criminal de Jaboatão dos Guararapes que suspendeu as atividades na Muribeca.
Com isso, a PCR passará a pagar 30% a mais por cada tonelada de resíduo tratado.
Os dois contratos terão validade por seis meses e serão publicados no Diário Oficial do Município, deste sábado (18).
O valor do investimento é de R$ 6 milhões para o contrato com a empresa localizada em Igarassu e R$ 2,9 milhões para o pagamento da unidade de Jaboatão.
Durante este período, serão destinadas em torno de 420 mil toneladas de resíduos sólidos provenientes da capital pernambucana, nos dois aterros privados.
O Recife produz 2.400 toneladas de lixo por dia, as quais eram tratadas no Aterro Controlado da Muribeca.
Cada tonelada custava ao município aproximadamente R$ 21,20.
Agora, 30% deste material serão enviados para a central localizada em Jaboatão e o restante irá para a unidade de tratamento de Igarassu.
Já o valor por tonelada de lixo subirá para R$ 27,50.
A Prefeitura do Recife esclarece ainda que, em conjunto com o Governo do Estado, mantém seu compromisso de defender a construção de um aterro público, administrado através de um consórcio metropolitano de destinação final de resíduos sólidos.
Este empreendimento consolidará uma política metropolitana para tratar o lixo de forma ambientalmente correta, socialmente justa e com o pleno aproveitamento das riquezas energéticas e comerciais do material depositado no aterro.
A postura da Prefeitura do Recife é de dar continuidade às ações voltadas para o cumprimento do Termo de Aditamento e Ajustamento de Conduta (TAAC), que prevê a construção de um novo aterro público, a recuperação do passivo ambiental no atual aterro da Muribeca e o desenvolvimento de ações voltadas para inclusão social dos catadores.
Por isso, o Recife aguarda a decisão da Justiça sobre o desembargo das obras da Central de Triagem para retornar a construção do novo aterro.
Por fim, a Prefeitura do Recife estranha a atitude dos dois promotores André Silvani e Flávio Falcão, do Ministério Público e repudia a forma com que tentaram, por via criminal, constranger agentes públicos que estavam cumprindo decisão judicial e os Termos de Aditamento e Ajustamento de Conduta (TAAC) firmado pelo MPPE, Governo do Estado e as prefeituras de Jaboatão dos Guararapes, Recife e Moreno.
Prefeitura do Recife 17 de julho de 2009