Caro Jamildo, Uma semana depois de ter sumido do noticiário após o vexame do projeto que apresentou na Assembléia criando uma casta de privilegiados no serviço público e que acabou sendo vetado por conta da reação da oposição e da indignação criada junto aos demais servidores públicos, o líder do governo Isaltino Nascimento volta a atacar e defender o indefensável.

Agora, com um palafreado que não lhe é proprio, tenta fazer crer que não há irregularidade no processo de aquisição de computadores para os professores da rede estadual, como denunciou o Sintepe, controlado pelo PT, e foi reverberado por nós.

Como sempre acontece quando ocupa a tribuna da Assembléia, Isaltino fala demais, mistura alhos com bugalhos e acaba não dizendo coisa nenhuma.

Gastou mais de 20 linhas em explicações sobre o sexo dos anjos e não justificou o principal: por que o Governo comprou, sem licitação, computadores a R$ 2.300,00 se no mercado podiam ser comprados por R$ 1.500,00?

Por que o Governo gastou R$ 60 milhões, quando poderia ter gasto R$ 40 milhões?

Quem vai responder pelos R$ 20 milhões a mais gastos com o programa?

Quais foram as empresas cadastradas pelo estado para fornecer os computadores?

Por que todas, absolutamente todas, as empresas cobraram pelo equipamento o mesmo valor - R$ 2.300,00 - se os computadores eram de marcas diferentes e marcas diferentes pressupõem preços diferentes?

Estas questões é que deveriam ter sido respondidas por Isaltino que, mais uma vez, fala em nome do Governo, como aconteceu com o projeto vetado.

Não vou ficar respondendo a ele até porque sei que, no fundo, ele sabe que o Sintepe tem razão.

A palavra vai ficar para o Tribunal de Contas e o Ministério Público que, tenho certeza, não vão calar diante da denúncia e vão apurar, tintim por tintim, o que verdadeiramente aconteceu.

Abraços Terezinha Nunes