No site do PSDB Brasília (08)- “A oposição não espera mais, há um entendimento das lideranças do PSDB, do DEM e do PMDB e amanhã (quinta-feira) às 10h vamos protocolar no Supremo Tribunal Federal um mandado de segurança, com pedido de liminar, para garantir a instalação da CPI da Petrobras.

Vamos buscar no STF uma decisão para impedir que a maioria estabeleça o rolo-compressor sobre a minoria”, informou hoje do plenário o senador Álvaro Dias (PR)- autor do requerimento que criou a CPI.

O senador tucano recordou que no dia 2 de junho representantes do PSDB e do DEM se reuniram pela primeira vez para instalar a CPI da Petrobras e não houve quorum.

Outras três tentativas foram feitas logo depois e todas infrutíferas por conta de manobras da maioria. “A palavra empenhada pela base governista está sendo desvalorizada.

Têm razão àqueles que se encontram indignados com o comportamento do Senado Federal.

Este comportamento, certamente, esconde sérios desvios no interior do governo”, disse o senador Álvaro Dias.

O senador disse ainda que “estamos vivendo uma seleção de pretextos arrumados aqui e ali para evitar a CPI.

Melhor se fossem mais sinceros: há uma determinação governamental para não instalar a CPI.

Posso concluir que o escândalo escondido deve ser maior do que o escândalo anunciado”, concluiu Álvaro Dias.

CABO ELEITORAL O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), também protestou contra a não instalação da CPI da Petrobras.

O senador disse que “o governo já tomou a iniciativa de fazer manifestações contra a CPI no Rio de Janeiro e em Pernambuco.

Muito estranho que o PT não tenha tempo para discutir o assunto e indicar os senadores que farão parte da comissão, assim como o PTB, liderado por Gim Argelo no Senado, e que está mais preocupado em ser cabo eleitoral da candidata do governo”.

Para Sérgio Guerra “isto está acontecendo porque este governo interfere diariamente no Senado.

Este mesmo governo que também apóia o senador José Sarney na presidência do Senado.

Vamos recorrer à Justiça e às armas que dispomos: não vamos votar as medidas orçamentárias, primeiro porque o projeto tem grandes defeitos, um deles é afastar a fiscalização do Tribunal de Contas da União das obras de grande porte, e também por afastar recursos destinados aos hospitais, à saúde, e redirecioná-los para os gestores.” O senador Tasso Jereissati (CE) também protestou contra a não instalação da CPI e responsabilizou a base do governo por agir de má-fé.

O senador disse também que o PT é um partido sem palavra e que a maioria está desmoralizando o Senado.

O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), foi outro a apresentar protestos contra as manobras da maioria.

Na terça-feira (07), o senador já havia dito que devolveria a relatoria da CPI das ONGs e que dissolveria a CPI do DNIT, condições impostas pela base governista para pactuar um entendimento que permitisse a instalação da CPI da Petrobras.

Como não houve entendimento, Arthur Virgílio alertou que as CPIs das ONGS e do DENIT serão mantidas.