O governador Eduardo Campos convocou, nesta segunda-feira, os prefeitos das 34 cidades que serão cortadas pela Transnordestina, além de representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, donos de cartório, representantes do BNDES, do BNB e da Casa Civil da Presidência da República, além do presidente da Transnordestina Logística S.A (antiga CFN), Tufi Daher Filho e João Recena, diretor da Projetec, empresa responsável pelo projeto.
O objetivo do Seminário, além de apresentar o atual estágio das obras, é integrar todos os envolvidos para dar mais celeridade à implantação da ferrovia. “Para honrarmos os compromissos assumidos com a Casa Civil é fundamental o engajamento das prefeituras em questões como a desapropriação de terras, que hoje é um dos principais gargalos para o andamento das obras”, afirmou Eduardo Campos.
As obras que começaram a partir de Salgueiro no sentido Trindade ganharão uma nova frente de trabalho ainda em julho.
O trecho que liga as cidades de Trindade, no Sertão pernambucano, a Eliseu Martins, no Piauí, começa em agosto.
O orçamento de R$ 5,4 bilhões está garantido já que todos os financiamentos estão com o contrato assinado.
Das seis licenças ambientais de implantação, três já foram emitidas e as restantes serão emitidas nos próximos 90 dias.
Tufi Daher afirmou que o Seminário faz parte do Plano de Ataque da Ferrovia, apresentado ao Governo Federal há cerca de 15 dias. “Estamos mantendo os horizontes dos prazos e esta parceria com as prefeituras vai destravar as questões da desapropriação.
Com Eduardo Campos liderando os governadores nas negociações com o Governo Federal tenho certeza que tudo estará pronto no prazo”, falou Tufi.
Na próxima segunda-feira, haverá uma nova reunião entre os procuradores municipais e a Procuradoria Geral do Estado e em agosto uma nova reunião geral.
O corregedor geral do Ministério Público de Pernambuco, José Fernandes Lemos, esclareceu questões importantes relacionadas à desapropriação de terras. “Os processos de quem vai receber a indenização devem correr em paralelo ao processo de desapropriação.
Desta forma a terra é liberada mais rapidamente e diminui o trabalho do Judiciário”, explicou o governador.
Os trabalhos foram iniciados pelo governador.
Na primeira metade houve apresentações de João Recena, Tufi Daher, do diretor regional do BNDES, Paulo Guimarães e do Procurador Geral do Estado, Tadeu Alencar.
Na segunda parte, dois grupos trabalharam em separado.
O primeiro dele, comandado pelo governador, discutiu as questões com os prefeitos, enquanto Tadeu Alencar comandava os trabalhos com os representantes do Poder Judiciário.