(Foto: Guga Matos/JC Imagem) De Política / JC Os deputados estaduais entram no período de recesso amanhã, sem a definição da Assembleia Legislativa sobre a deputada Elina Carneiro (PSB), alvo de um inquérito civil.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apura o suposto envolvimento da parlamentar na fraude em um processo judicial que a anistiaria de uma dívida de cerca de R$ 800 mil com o município de Jaboatão dos Guararapes, administrado pelo seu pai, Newton Carneiro (PRB), até o final do ano passado.

Treze dias depois de ser notificada, a Comissão de Ética da Casa ainda aguarda um parecer da Procuradoria-Geral para decidir se abre ou não um processo disciplinar.

O presidente da comissão, Raimundo Pimentel (PSDB), disse ontem que está no município de Parnamirim (Sertão), onde o governador Eduardo Campos (PSB) cumpre agenda amanhã, e só deve retornar ao Recife na quinta-feira.

O procurador-geral da Casa, Ismar Teixeira, também está em viagem e só deve voltar amanhã.

Assim, a Assembleia posterga a decisão sobre Elina.

Os deputados retornam ao plenário no dia 3 de agosto. “Até agora não tenho uma definição.

Mas é preciso saber se a promotora que investiga o caso já concluiu o inquérito”, esquivou-se Pimentel.

A investigação do MPPE começou no último dia 3.

Para concluir o inquérito, a promotora de Defesa do Patrimônio Público de Jaboatão, Dalva Cabral, tem um prazo de 30 dias, mas pode requisitar mais 30 dias.

O parecer da Procuradoria-Geral deve sugerir que, até o momento, não há elementos suficientes para comprovar a participação de Elina na fraude.

Em dezembro do ano passado, final do mandato de Newton, foi protocolada uma petição no fórum de Jaboatão assinada pelo advogado da deputada, Mário Gil Rodrigues, e pelo procurador municipal Edson de Sousa Melo Júnior, para anistiar a dívida.

Em março, porém, a fraude foi descoberta após o procurador informar que sua assinatura na petição tinha sido falsificada.