Além da denúncia de que a empresa Vital, do Grupo Queiroz Galvão, está judicialmente proibida de firmar contrato com qualquer órgão público, a Qualix trouxe à tona a negociação “precoce” entre a Prefeitura do Recife e a Vital, que iria realizar emergencialmente a coleta de lixo na cidade.

Isto porque, no dia 9 de junho a Ministério do Trabalho enviou ofício à Emlurb e à Vital acerca de consulta sobre “sucessão de contrato” e transferência de funcionários, quando somente no dia 18 do mesmo mês a PCR obteve liminar para encerrar antecipadamente o contrato com a Qualix.

Um dia antes, no dia 17, a Prefeitura efetivou a Vital, por um valor 66% superior ao que era pago à Qualix.

O rompimento e nova contratação foram anunciado no dia 26.

Em resposta à “rejeição” da PCR, a Qualix acionou a Justiça, conseguiu impedir a contratação da Vital e manter a prestação de serviços até o fim do processo de licitação.

A decisão judicial, no entanto, cabe recurso.

Outro ponto questionado pela empresa de coleta de lixo, são as alegações apresentadas pela Emlurb para pedir a rescisão antecipada.

Uma das justificativas é de que o serviço “não estava sendo prestado adequadamente, pondo em risco a limpeza da cidade justamente na época onde havia maior fluxo de turista devido ao São João”. “O risco de suspensão do contrato com a Qualix, nessa época, era justamente o contrário.

Entre uma empresa que já vinha realizando o trabalho há 24 anos e outra que iniciaria as suas atividades na cidade, com certeza, a primeira é que teria mais condições de arcar com o aumento de demanda devido às festas juninas”, argumenta o advogado da Qualix, Guilherme Guerra.

A Prefeitura do Recife, através da assessoria de imprensa, disse que não vai se pronunciar sobre o caso.