Recife, 29 de junho de 2009 Comunicado A equipe do espetáculo Hamlet no Recife informa que houve uma falta de comunicação entre a produção local e a produção nacional da peça.

A assessoria local seguiu a conduta ditada pela produção local em autorizar a cobertura completa, inclusive com fotos.

No momento em que a produção nacional vetou o uso de máquinas fotográficas, a assessoria de imprensa acionou todos os veículos para avisar da mudança de planos, inclusive pegando o produtor local de surpresa e, conseguentemente, sua assessoria.

Obtivemos êxito com os outros jornais e portais, com exceção do Jornal do Commercio, que tentamos ligar para a jornalista responsável pela cobertura, mas foi sem sucesso.

Mesmo assim, enviamos uma mensagem para avisá-la que não iria poder fotografar.

A produção nacional de Hamlet argumenta ainda que avisa a todos do veto das fotos, antes mesmo do espetáculo.

No sábado (27) foi pela voz do próprio Wagner Moura, que pediu encarecidamente para não haver qualquer tipo de fotografia.

Apesar de desconsiderar as regras do espetáculo, na hora que foi informado, o fotógrafo foi altamente grosso com o produtor Sérgio Martins e continuou fotografando como se não tivesse sido pedido para parar.

Além disso, a produção também alega que o fotógrafo ficou de um lado para o outro na frente do palco, desconcentrando também a platéia.

A produção informa que, independente do uso do flash ou não, o ato atrapalha e desconcentra os atores, que podem errar o texto por conta do disparo das maquinas.

Repetimos, independente do uso ou não da luz.

Pode acontecer que algum grupo de atores não se sintam incomodados, mas o fato é que para este tipo de peça esse ato desconcentra os atores.

A produção lamenta a falta de compreensão e respeito com o espetáculo por parte do fotógrafo.

Diferentemente, por exemplo, do que aconteceu com os profissionais do Diario de Pernambuco e Folha de Pernambuco, que respeitaram as mudanças.

Por fim, a produção agradece o apoio do Jornal do Commercio, que inclusive foi parceiro do espetáculo.

Toda essas condutas da produção são pensadas em prol dos atores e da plateia.

Atenciosamente, Equipe Hamlet Recife Leia mais: Há algo de podre no reino da produção teatral Veja resposta do fotógrafo Bernardo Soares: O fotógrafo Bernardo Soares realmente lamenta a falha de comunicação entre a produção local e a produção nacional e entre estas duas para com a empresa de comunicação a qual presta serviços há vários anos.

Lamenta também o fato de ter sido obrigado a adotar uma postura enérgica para preservar a sua integridade física, haja vista que o produtor Sérgio Martins usou da força física para, segurando a alça do colete do fotógrafo, arrastá-lo teatro afora, sem sequer identificar-se ou explicar qualquer coisa à respeito da proibição do registro das imagens.

Por uma falta de comunicação entre os envolvidos na produção da peça o profissional foi submetido a uma situação vexatória e à beira da agressão física, tendo em vista a falta de controle do produtor carioca que por várias vezes tentou o contato físico direto com o fotógrafo, mesmo após identificada a empresa a qual estava representando, chegando inclusive a pedir que a segurança do teatro confiscassem seu material de trabalho, fato testemunhado por dezenas de pessoas que se encontravam do lado de fora do teatro.

O profissional também gostaria de esclarecer à produção e equipe de assessoria do espetáculo sobre a natureza do trabalho que executa junto aos veículos de comunicação, onde não escolhe as pautas as quais deverá produzir, tentando de maneira respeitosa fazer o possível para não incomodar a platéia e os atores no palco, mas que no entanto, não há outra maneira de se conseguir as imagens sem mover-se pelo teatro.

Por fim um último ponto a ser esclarecido diz respeito ao cuidado deste profissional em certificar-se que havia uma autorização da equipe de produção para executar tal trabalho, onde além de ter entrado pela porta da frente identificando-se aos seguranças do teatro que o conduziram gentilmente ao interior do prédio, não foi abordado por qualquer produtor ou assessor de imprensa que lhe recebesse ou esclarecesse sobre qualquer tipo de regras do evento, que já havia começado há alguns minutos no momento que chegou.

O fotógrafo lamenta ainda a postura adotada pelos produtores do evento e acredita que nada justifica o tipo de tratamento recebido do produtor Sérgio Martins o qual desconsiderou o trabalho do profissional e consequentemente a empresa para qual trabalha.