(Foto: Roosewelt Pinheiro/Abr) De O Estado de S.Paulo O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, assegurou que o apoio do governo ao presidente do Senado, José Sarney “é absoluto”.

Segundo Múcio no fim de semana o quadro não evoluiu e as denúncias estão sendo apuradas. “Estive com ele (Sarney) e ele me disse que está apurando, e estamos aguardando soluções”, declarou José Múcio, na saída da reunião de coordenação política, no Centro Cultural Banco do Brasil, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Múcio, “em hipótese alguma se cogita a saída de Sarney” da presidência do Senado.

O presidente do Senado será alvo de duas representações por quebra de decoro parlamentar nesta semana.

As duas pedirão ao Conselho de Ética que investigue as responsabilidades de Sarney na edição de atos secretos e de participação do neto José Adriano Cordeiro Sarney na intermediação de empréstimos com desconto na folha de pagamento dos servidores do Senado.

A primeira será apresentada nesta segunda-feira, 29, pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM); a segunda, do PSOL, será formalizada na quarta ou quinta-feira.

Arthur Virgílio anunciou também para esta segunda “um duro discurso”, no qual pedirá a moralização da Casa e atacará novamente o ex-diretor-geral Agaciel Maia, acusado de ser o mentor dos atos secretos e que se afastou por 90 dias, mas com direito a receber os salários.

Embora Arthur Virgílio seja o líder tucano, ele explicou que sua iniciativa é particular e não envolve o partido.

O PSDB ainda não tem uma posição oficial sobre o futuro de Sarney.

De Estocolmo, capital da Suécia, onde está em viagem oficial, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), disse que ainda vai reunir seus colegas para decidir o que fazer em relação ao presidente do Senado.