As exportações brasileiras para a China cresceram 62,7% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2008, mostra o Observatório Brasil-China do primeiro trimestre de 2009, divulgado nesta segunda-feira (29), pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

Com vendas de US$ 3,39 bilhões e importações de US$ 3,61 bilhões, o déficit da balança comercial do Brasil com os chineses caiu para US$ 220 milhões, ante os US$ 2,05 bilhões registrados em igual período de 2008. “Esse resultado deveu-se à forte recuperação das exportações brasileiras para a China após o fraco desempenho do fim de 2008, que se seguiu à eclosão da crise financeira internacional”, afirma a publicação.

A publicação trimestral mostra que a participação da China no total das exportações brasileiras subiu para 10,89% nos 12 meses encerrados em março de 2009.

Os chineses estão dando preferência para a importação de produtos básicos brasileiros, que representaram 74% das vendas para aquele país no primeiro trimestre deste ano, enquanto que os semimanufaturados equivaleram a 18% e os manufaturados, 8%. “O capítulo minérios, escórias e cinzas respondeu por mais da metade das exportações do Brasil para a China.

Em seguida vêm sementes e frutos oleaginosos, com 16,4% do total”, diz o estudo.

O Observatório informa ainda que a concorrência com os chineses está se acirrando nos principais mercados dos produtos industrializados brasileiros.

De 2003 até o final do primeiro trimestre de 2009, a participação da China nas importações dos Estados Unidos aumentou 4,82 pontos percentuais, enquanto que a brasileira cresceu apenas 0,04 pontos percentuais.

Os chineses também estão avançando sobre o mercado brasileiro na Argentina. “A participação brasileira nas importações argentinas atingiu o auge em 2006, com 35,9% do total, considerando dados anuais acumulados para os 12 meses de abril de 2008 a março de 2009.

Desde então, os exportadores brasileiros perderam seis pontos percentuais de participação, enquanto os chineses ganharam 6,4 pontos percentuais no mercado argentino”, informa a publicação da CNI.

O mesmo ocorre no México. “A participação de produtos brasileiros nas importações mexicanas está em queda desde 2006, quando atingiu o auge de 2,34%.

Naquele ano, os fornecedores chineses foram responsáveis por 8,06% do total das compras mexicanas”, diz o Observatório Brasil-China.

Com informações da CNI