O Carnaval de Olinda, uma das maiores manifestações populares de Pernambuco, tornou-se, por meio da Lei 13.778/09, promulgada pelo Poder Legislativo, Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado.
A iniciativa teve origem no Projeto de Lei nº 974/09, apresentado pela deputada Teresa Leitão (PT).
A festa momesca de Olinda, na forma como conhecemos hoje, surgiu no início do século XX, com a fundação de várias agremiações - como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, criado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, criado em 1912.
De acordo com a parlamentar petista, o Carnaval de Olinda conseguiu preservar as mais puras tradições da folia pernambucana e nordestina, que teve origem com o antigo entrudo - festa pagã europeia - trazido ao Brasil pelos colonizadores portugueses.
No Século XVII, o entrudo português aderiu a costumes africanos.
Mais tarde, no Século XIX, com o surgimento do frevo, o Carnaval de Pernambuco ganhou singularidade e, a partir de então, foram organizadas as primeiras agremiações populares.
Segundo a autora da proposição que deu origem à legislação, deputada Teresa Leitão, somente conhecendo a folia de momo da cidade de Olinda para entender porque ela é considerada a maior e mais autêntica festa popular do Brasil. “Todos os anos, foliões de várias partes do País e do exterior são atraídos para o Carnaval de Olinda”, lembrou. “A interação com a rica diversidade cultural do Nordeste, representada por troças, blocos líricos, clubes, caboclinhos, maracatus e bonecos gigantes, aliada ao calor do frevo e à alegria dos moradores da cidade, torna a folia olindense irresistível para um número cada vez maior de pessoas, mantendo a principal característica do carnaval participação”, acrescentou, completando em seguida: “é uma festa de todos, sem restrições”.
Todos os anos, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta de Olinda, desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, contribuindo para manter vivas as mais autênticas raízes do carnaval.
Presença marcante e símbolo da festa de Olinda, os bonecos gigantes, alguns com altura acima dos três metros, são outra característica peculiar do festejo.
Entre os mais antigos e mais famosos estão o Homem da Meia Noite, fundado em 1931, e a Mulher do Dia, de 1967.
Durante os quatro dias de momo, as ladeiras da cidade tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade transformam-se em verdadeiras passarelas que revelam, nas fantasias dos foliões, os sonhos, a opinião crítica ou, simplesmente, o espírito lúdico das pessoas que acompanham blocos e troças ao som estridente do frevo.
Para animar e arrastar a multidão que comparece à festa, cerca de 500 agremiações são registradas oficialmente pela Prefeitura da Cidade, entre elas, o Clube Elefante, fundado em 1952; a Troça Pitombeiras dos Quatro Cantos, fundada em 1947; o Bloco Flor da Lira, fundado em 1975; e a Troça Marim dos Caetés, fundada em 1982, todas muitos conhecidas entre os foliões.
PS: Do site da Alepe