De Política / JC As críticas do deputado federal José Mendonça (DEM) ao comportamento “dúbio” do senador Sérgio Guerra (PSDB), feitas ontem à Coluna Pinga-Fogo, do JC, provocaram reações duras do PSDB.
Deputados estaduais do partido acusaram Mendonça de contribuir para desagregar a antiga União por Pernambuco (PMDB/DEM/PSDB/PPS).
Em defesa de Guerra, reafirmaram que o senador está firme com a proposta da candidatura do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo em 2010, e negaram que exista uma postura “lá e lô”, como classificou Mendonça, ao cobrar um posicionamento mais objetivo do líder tucano contra o governo Eduardo Campos (PSB). “Pernambuco sempre se deu mal quando não desarmou os palanques depois das eleições.
A população não aguenta mais isso.
Sérgio Guerra é da oposição, mas isso não o impede de ajudar o governo de Eduardo, como ajudou muito o de Jarbas e Mendonça Filho”, reagiu Antônio Morais.
Pedro Eurico disse não enxergar em José Mendonça condições de “patrulhar” o PSDB. “Temos clareza nas nossas posições.
Sérgio foi o primeiro a lançar a candidatura de Jarbas, enquanto José Mendonça, há pouco, estava propondo outro nome”, disse, referindo-se ao empresário Marcos Magalhães, alternativa colocada pelo democrata para o caso de Jarbas não aceitar a candidatura.
Eurico arrematou argumentando que as críticas de Mendonça teriam como pano de fundo a disputa proporcional. “Mendonça está insatisfeito com questões paroquiais, porque perdeu aliados para o PSDB”.
Avaliação semelhante partiu da deputada Terezinha Nunes, para quem Mendonça estaria “colocando o carro na frente dos bois” ao agir pensando em disputas proporcionais, quando a chapa majoritária da aliança sequer foi definida. “O deputado é perito nisso.
Ele sabe que o PSDB não quer montar um chapão (chapa de candidatos a deputado unindo todos os partidos da aliança), porque temos nomes competitivos e o DEM não tem.
Sempre fica esperando pelo PSDB”, atacou, acrescentando que, “ao contrário de Mendonça, Guerra é um político plural, paciente, que não tenta resolver as coisas no grito”.