(Foto: Chico Porto / JC Imagem) Por Eduardo Machado, de Cidades / JC No último dia 31 de maio, Pernambuco completou seis meses seguidos de queda no número de crimes violentos letais intencionais (CVLIs).

Pela primeira vez, desde o período de outubro de 2006 a março de 2007, o Estado ultrapassa seis meses com uma tendência consolidada de redução no somatório dos homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.

No comparativo do semestre compreendido entre dezembro de 2008 e maio de 2009 e o período de dezembro de 2007 a maio de 2008, houve um recuo de 5,5% no número de CVLIs.

Se o índice admitido for a taxa de CVLI (que considera o crescimento populacional), a queda chega a 6,4%.

Os dados sobre a redução na violência serão divulgados oficialmente na próxima semana pela Agência Condepe/Fidem.

Os números apresentados nessa reportagem estão sujeitos à consolidação e foram obtidos na página da Secretaria de Defesa Social na internet.

Os seis meses de recuo na violência coincidem com o período de implantação pelo governo de Pernambuco de um acompanhamento semanal das estatísticas de CVLI nas 217 áreas integradas em que o Estado foi dividido.

Agora, os gestores de cada área precisam prestar contas semanais sobre os crimes ocorridos em suas jurisdições, informar como andam as investigações e atualizar boletins de ocorrência eletrônicos.

Além disso, a SDS tem focalizado efetivo e recursos para os chamados “pontos quentes” da violência.

Em 2008, 37 comunidades onde se concentravam 44% dos homicídios do Estado eram o alvo preferencial.

Este ano, a quantidade de pontos quentes subiu para 44 e deve chegar a 77 em 2010.

A assessoria de comunicação da SDS informou que só vai comentar os seis meses de queda no número de CVLIs após a divulgação dos dados pela Agência Condepe/Fidem.

PULSEIRA Desde o início de junho, o controle estatístico da violência em Pernambuco foi reforçado pela implantação de pulseiras de identificação para cadáveres.

Os lacres numerados são colocados nos corpos pelos peritos do Instituto de Criminalística e servem para tornar o controle estatístico mais eficiente. “Muitas vezes, os peritos iam a um local de crime com mais de uma vítima e nem todas estavam identificadas.

Os cadáveres seguiam como desconhecidos e, posteriormente, ao serem identificados podiam acabar sendo contados duas vezes.

Agora, todo o processo ocorre com a vítima atrelada a um número de ordem que não muda”, explicou o gestor da Polícia Científica, Evson Lira.

Mesmo após a liberação do corpo no Instituto de Medicina Legal, a orientação para as famílias é que o corpo seja sepultado com a pulseira, tornando possível a conferência até em casos de exumação.