(Foto: Humberto Pradera/Divulgação) O governador Eduardo Campos reuniu-se nesta quarta-feira (24), em Brasília, com representantes do Governo Federal e da Companhia Ferroviária Nacional (CFN), para apresentar um conjunto de ações que buscam acelerar às obras da Ferrovia Transnordestina.

O governo estima que, ao todo, 11.300 trabalhadores serão empregados nas obras – divididas em três turnos – e que têm custo estimado em mais de R$ 2 bilhões somente nos trechos que cortam Pernambuco.

Eduardo garantiu à ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a representantes do Ministério da Integração Nacional e à CFN que todas as desapropriações e licenças ambientais localizadas em território pernambucano serão finalizadas até o próximo dia 17 de agosto.

O governador convocou prefeituras por onde passa a ferrovia, Poder Judiciário, Ministério Público, donos de cartório, representantes do BNDES e do BNB para uma reunião no próximo dia 6 de julho. “Nosso objetivo é fazer um grande mutirão para destravar, de uma vez, as obras da Transnordestina.

Com isso, vamos dar uma nova dinâmica à economia de 32 cidades pernambucanas cortadas pela Ferrovia”, explicou.

Já no dia 4 de agosto, representantes da Casa Civil, dos ministérios de Integração Nacional e de Transportes, além do Governo do Estado e da CFN se reúnem no Recife.

Outra ideia levada por Eduardo foi o aproveitamento dos canteiros de obras e das reservas de jazidas já existentes no estado para os trabalhos do corredor ferroviário. “Temos canteiros já prontos em Suape, em quase toda extensão da BR-101 Sul (obras de duplicação), em Custódia (Transposição do São Francisco) e também no Agreste (duplicação da BR-104).

Isso vai diminuir o tempo que as empresas que irão realizar os trabalhos levam para se instalar de forma efetiva e passem a gerar empregos o mais rápido possível”, asseverou.

CRONOGRAMA – Durante o encontro, Tufi Daher Filho e o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, ainda apresentaram o Plano de Ataque da Ferrovia ao Governo Federal.

O documento já havia sido detalhado ao governador na semana passada, durante encontro no Palácio do Campo das Princesas.

O Plano de Ataque prevê a divisão dos trechos Salgueiro – Trindade, Salgueiro – Suape e Trindade – Eliseu Martins (PI) em vários lotes, que vão abrigar duas frentes de trabalho, no mínimo, cada um.

O trecho Salgueiro – Trindade tem 163km de extensão e será dividido em dois lotes.

No total, 2.300 trabalhadores serão utilizados na sua construção.

O primeiro, com 63,8 km de extensão, vai de Salgueiro ao município de Parnamirim onde será instalado o canteiro de obras.

O segundo trecho vai de Parnamirim a Trindade, num total de 99,2 km.

Os trabalhos neste trecho serão iniciados no próximo dia 15 de julho.

Já o percurso da Ferrovia entre Salgueiro e o Porto de Suape será dividido em quatro pedaços e empregará 7.400 pessoas.

O primeiro terá 118,4 km e vai de Suape ao município de São Joaquim do Monte, no Agreste do estado.

O segundo vai de São Joaquim do Monte a pesqueira, percorrendo 97,5 km.

O terceiro terá 186,2 km e unirá os municípios de Pesqueira e Serra Talhada, já no Sertão pernmabucano.

Por fim, de Serra Talhada a Salgueiro serão mais 119,9 km.

No trajeto de Trindade a Eliseu Martins, serão outros quatro lotes distribuídos em 420km.

O único que abrange cidades pernambucanas vai do município de Trindade à cidade de Paulistana, no Piauí.

Serão 1.600 trabalhadores espalhados nos 144,3 km de extensão.

De acordo com a Companhia, todos os trechos citados serão finazlizados em dezembro do ano que vem.

Também participaram da audiência o secretário Fernando Bezerra Coelho (Desenvolvimento Econômico), Tadeu Alencar (Procurador Geral do Estado).