Da Agência Estado O PSOL vai entrar com representação no Conselho de Ética do Senado contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e contra os ex-presidentes Renan Calheiros (PMDB-AL) e Garibaldi Alves (PMDB-RN).

A presidente do partido, a ex-senadora Heloisa Helena, afirmou que há fatos e indícios relevantes de crimes contra a administração pública que justificam a apresentação das representações.

Internamente, o PSOL discute se as representações serão protocoladas nesta quinta-feira, 24, como defende Heloisa Helena, ou se na próxima semana.

Nova denúncia de O Estado de S.

Paulo aumenta pressão de senadores para que Sarney se licencie do cargo.

Reportagem revela que um neto de Sarney - José Adriano Cordeiro Sarney - é um dos operadores do esquema de crédito consignado para funcionários da Casa.

O PSOL está buscando assinatura para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar os atos secretos e contratos de prestação de serviço e de contratação de pessoal.

O senador José Néry (PSOL-PA) afirmou que até agora recolheu apenas duas assinaturas, contando com a dele - são necessárias 28 do total de 81 senadores para a abertura da comissão. “Só uma CPI tem poder de quebrar sigilos investigação e fazer uma investigação profunda.

A CPI é importante para que a sociedade conheça quem são os senadores vigaristas e os servidores das respectivas quadrilhas”, disse Heloisa Helena.

As representações do PSOL não indicam a punição para o caso.

Essa função cabe ao Conselho de Ética.

As medidas disciplinares vão desde advertência até a cassação, passando por suspensão temporária de mandato.

O senador José Néry afirmou que pretende recolher as assinaturas até a quarta-feira da próxima semana.