Da Agência Brasil Brasília - O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse hoje (24) que “aparentemente” as contas bancárias abertas em nome da Casa na Caixa Econômica Federal não tiveram movimentações recentes.
Ele evitou qualquer posicionamento sobre o assunto até que tenha o resultado das investigações determinadas pelo presidente José Sarney (PMDB-AP).
Heráclito afirmou que o fato pode ser apenas rotina administrativa de uma conta específica pertencente ao Senado.
O parlamentar ressaltou, entretanto, que ninguém ficará sem punição caso seja constatado que a abertura de contas corrente e de poupança, na Caixa, são ilegais. “Não vamos concordar que nada seja encoberto ou vá para debaixo do tapete.
Se houver fato delituoso nessa questão as pessoas responsáveis responderão por isso”, garantiu Heráclito.
O primeiro-secretário disse que o momento de crise vivido pelo Senado “é incômodo”, mas necessário. “Isso um dia teria que acontecer.
Embora numa posição incômoda, porque sou o primeiro-secretário, tenho certeza que cumprirei com minhas tarefas.
A história, ao me julgar, verá que não fui omisso e nem conivente com qualquer tipo de irregularidade cometida no Senado.” Sobre os 663 atos secretos levantados pela comissão de sindicância da Casa, o parlamentar disse que a apuração de cada um será mais complexa. “De antemão sabemos que existem atos criminosos, outros de formalidade e outros que são dos gestores querendo angariar poder e prestígio com os beneficiados”, afirmou.
Agora, acrescentou o senador, caberá aos técnicos que investigam o caso, dar o devido processo de apuração de cada ato, bem como a “gradação” de cada um deles.
Heráclito trabalha com um prazo de até 15 dias para que esta análise seja feita.