Da Agência Brasil Brasília - O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou hoje (24) que o governo brasileiro está preocupado com as mortes ocorridas no Irã após as últimas eleições em que o atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, foi reeleito.
Garcia também observou que a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os protestos que se seguiram depois da eleição de Ahmadinejad adquiriu uma “transcendência” maior do que a normal. “O presidente disse uma coisa muito simples, fez um comentário de certa maneira banal, ao qual foi dado uma transcendência maior. [Ele disse] que é normal que, numa eleição, os vencedores celebrem e os perdedores se queixem.
Não foi nada mais do que isso”.
Segundo ele, a declaração de Lula seguiu o posicionamento adotado por outros países. “Naquele momento, a posição de todos os países do mundo era exatamente a posição que o Brasil tinha adotado, a União Européia que já tinha reconhecido a vitória do presidente do Irã, do presidente Obama [Barack Obama, presidente dos Estados Unidos], que foi também muito prudente.” No último dia 15, o presidente Lula havia dito que não conhecia ninguém, a não ser a oposição iraniana, que tenha discordado da eleição do Irã.
Segundo Garcia, o governo brasileiro lamenta as mortes ocorridas depois do processo eleitoral e mantém a posição de não interferir em situações internas.
Perguntado se o governo brasileiro mantém o convite para que Ahmadinejad venha ao Brasil, o assessor da Presidência respondeu que o convite foi feito antes mesmo das eleições e está mantido.