Do Blog PEbodycount Há dois anos e meio, o delegado Zanelli Alencar assumiu a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) e se deparou com um esquema milionário existente no local.

As taxas que a população deveria pagar para utilizar os serviços de vistoria de veículos da especializada não vinham sendo devidamente recolhidas.

Em 2006, ano anterior à chegada de Zanelli, a DRFV arrecadou R$ 70 mil em taxas para os cofres públicos.

Em 2007, quando ele acabou com o esquema, a arrecadação subiu para mais de R$ 1,3 milhão.

Isso mesmo, mais de R$ 1,2 milhão de diferença.

Mais de R$ 1 milhão que deixava de entrar na conta do estado por ano.

Para descobrir onde ia parar esse dinheiro foi designada a delegada de Crimes Contra a Administração Pública, Cláudia Freitas.

Até hoje, o inquérito que apura o envolvimento de vários delegados no desvio citado repousa em uma gaveta.

Conversei com a delegada e ela falou que não concluiu ainda o caso devido ao grande volume de trabalho na Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública.

Questionei se ela vem sendo pressionada para não encerrar o inquérito por envolver outros delegados. “Não, mas tenho certeza que outros colegas nunca fariam esse trabalho”.

Além da delegada Cláudia Freitas, a Corregedoria-Geral da SDS e o Ministério Público deveriam observar esse inquérito.

Enquanto os desvios de função envolvem soldados e agentes de polícia, essas instituições mostram empenho nas exclusões.

Em um caso envolvendo delegados, ao que parece, está todo mundo muito ocupado…