Por Ines Andrade, de Política/JC A reforma no prédio da Prefeitura do Recife – que inclui a construção de uma praça de alimentação – está prevista para ser iniciada no final deste mês ou início do próximo.

Divulgadas em janeiro último, as obras de R$ 3,5 milhões pareciam contradizer o tom de austeridade adotado pelo prefeito João da Costa (PT) diante da crise mundial e da necessidade de realizar cortes nas despesas.

Apesar da estranheza inicialmente gerada com a medida, imediatamente incorporada às críticas da oposição ao governo, a gestão explicou que a maior parte dos recursos não sairia dos cofres públicos.

O secretário municipal de Administração, Fernando Nunes, garante que 80% dos investimentos serão captados das instituições de crédito que hoje são liberadas para emprestar aos servidores públicos com desconto em folha de pagamento (consignação).

Nunes conta que o Banco do Brasil (BB), Real e Caixa Econômica Federal já sinalizaram com o aporte de recursos. “Estamos negociando mais apoio”.

Os demais 20%, o que representa R$ 700 mil, serão bancados pela prefeitura.

A licitação da reforma foi concluída e a homologação feita há duas semana.

A construtora Corte Real ficará responsável pelas obras, que envolvem três pavimentos.

O prazo previsto de execução é de seis meses.

Nunes argumenta que a reforma – denominada de requalificação pela administração municipal – foi decidida depois de um diagnóstico que apontou a insegurança patrimonial e física (dos trabalhadores) do prédio, os desgastes das estruturas físicas, e a necessidade de adequação do edifício à lei municipal de acessibilidade.

Um dos problemas identificados na avaliação, por exemplo, é a falta de controle no acesso ao edifício – tanto com passagem pela frente quanto por trás, próximo ao estacionamento.

No subsolo, as intervenções previstas são disponibilização de um balcão de identificação, construção de plataforma levadiça (o que permite o acesso de deficientes físicos aos elevadores) e a renovação das instalações.

No térreo, haverá quiosques para agências bancárias, cobertura de rampa, gradil de segurança no estacionamento, gradil alambrado na margem do mangue e câmaras de segurança.

O primeiro pavimento terá uma nova área com a construção de uma coberta de 1.138 metros quadrados.

Essa nova área pode ser vista do lado de fora do prédio, na frente que dá para a Avenida Cais do Apolo, Bairro do Recife.

Nela, será colocado um balcão de identificação, instaladas catracas e porta para cadeirantes.

As agências bancárias existentes serão mantidas (BB e Real), mas terão acesso por fora do prédio.

ALAMEDA Uma das grandes novidades da reforma ficará também nesse pavimento.

No local, haverá uma praça de alimentação e uma área de serviços – com 14 boxes.

Possivelmente com agência de correios, Expresso Cidadão, banca de revistas e periódicos, além de outros itens a serem escolhidos.

Na área de alimentação, a proposta é colocar um ou dois self-services, pizzaria, café e sorveterias.

Um novo sistema de segurança será implementado por meio de crachás com chip.

Com isso, toda movimentação de um visitante será acusada.